O processo de regionalização da saúde em Mato Grosso do Sul avançou com a entrega de 11 sistemas completos de videolaparoscopia, também chamados de torres de vídeo rígidas, a unidades de saúde da rede pública. A iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), garante mais eficiência e segurança em cirurgias minimamente invasivas realizadas no interior.
As torres foram destinadas a hospitais de Aquidauana, Costa Rica, Coxim, Maracaju, Nova Andradina, Paranaíba, Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Chapadão do Sul e Rio Brilhante. O objetivo é contemplar de forma estratégica cada macrorregião, de acordo com suas demandas específicas.
Coxim e Chapadão do Sul já registram avanços
No Hospital Municipal de Coxim, a chegada do equipamento trouxe resultados concretos. Entre 2024 e 2025, foram realizadas 32 cirurgias de artroplastia de joelho e 30 de quadril. Além disso, de 2023 a 2025, a unidade fez 103 colecistectomias por vídeo.
Para a secretária municipal de Saúde de Coxim, Fernanda Berigo, a tecnologia trouxe ganhos diretos à população.
“A torre de vídeo representa um avanço na qualidade da assistência cirúrgica. Ela garante maior segurança nos procedimentos, reduz riscos e permite técnicas menos invasivas, resultando em uma recuperação mais rápida e confortável para o paciente”, destacou.
Em Chapadão do Sul, o hospital municipal realizou pela primeira vez uma histerectomia por videolaparoscopia, procedimento possibilitado pelo investimento de quase meio milhão de reais em uma nova torre.
A secretária de Saúde do município, Adriana Tobal, ressaltou os benefícios.
“A histerectomia por vídeo representa um grande avanço. Com incisões menores, a paciente tem uma recuperação mais rápida, menos dor e menor risco de complicações”, explicou.
Investimento em tecnologia e capacitação
Cada torre é composta por câmera de alta definição, monitor, fonte de luz, insuflador e demais componentes necessários. Entre os benefícios, estão menor tempo de recuperação, redução do risco de infecção e diminuição do tempo de internação.
Os recursos para aquisição vieram de fontes federais e estaduais, viabilizados por propostas cadastradas e indicações parlamentares. Para assegurar o uso adequado, os profissionais de saúde passaram por capacitação especializada.
A superintendente de Atenção à Saúde da SES, Angélica Cristina Segatto Congro, reforçou a relevância da iniciativa.
“Estamos investindo em tecnologia e capacitação para garantir um atendimento mais seguro, eficiente e humanizado. Essas torres representam um avanço significativo na qualidade das cirurgias realizadas nos hospitais”, afirmou.