Em um ano e meio, Campo Grande conseguiu economizar cerca de R$ 4,4 milhões em energia elétrica com a instalação de equipamentos de energia solar em 100 escolas municipais. O investimento de R$ 34,9 milhões, firmado com a empresa Nexsolar, está em fase de conclusão e pode gerar uma economia de até R$ 439 milhões ao longo de 25 anos.
De acordo com Assis Brasil Castro Decknis, chefe da divisão administrativa da Secretaria Municipal de Educação (Semed), a economia já registrada foi de 38,2% nas contas de energia, apesar de nem todas as instalações estarem concluídas. “Além da geração de energia limpa, houve uma grande economia aos cofres públicos. Mesmo com oito unidades vandalizadas e necessidade de refazer parte das obras, conseguimos reduzir o consumo de energia”, afirmou.
O maior parque de energia solar está na Escola Municipal Celina Martins Jallad, na região norte da cidade, com 670 módulos que podem atender até 15 outras instituições. Já a Escola Municipal Professor José de Souza, no Bairro Oliveira II, conta com 594 módulos, com capacidade para abastecer mais de 10 unidades de ensino.
A instalação das placas solares também tem permitido a expansão da infraestrutura nas escolas, com a instalação de aparelhos de ar-condicionado. Até agora, mais de 30 escolas já receberam os aparelhos, com prioridade para salas modulares. O superintendente de Infraestrutura Escolar da Semed, Luan Leandro Moura, explicou que a equipe tem feito visitas para avaliar a rede elétrica das escolas e realizar as adequações necessárias. “Estamos identificando quais escolas têm condições de receber o ar-condicionado, e as que não têm, orientamos as adequações para que também possam receber os aparelhos”, afirmou.
Na Escola Municipal José Mauro Messias da Silva (Poeta das Moreninhas), a instalação do ar-condicionado em 10 salas modulares já trouxe benefícios perceptíveis. O diretor da escola, Daniel Avalos Aguero, destacou que os alunos têm apresentado mais concentração e menor irritabilidade, além de melhoria na qualidade de vida dos professores. "As salas, antes com ventiladores, agora oferecem mais conforto para todos", comentou.
O projeto de energia solar e a instalação de ar-condicionados fazem parte de um pacote de investimentos de quase R$ 200 milhões em melhorias para a educação municipal, com previsão de novos investimentos em infraestrutura até 2026.