O projeto de regionalização da saúde já proporciona atendimento de qualidade em vários municípios de Mato Grosso do Sul. Com a descentralização, hospitais do interior realizam cirurgias diversas, reduzindo o tempo de espera e permitindo que os pacientes recebam cuidados mais próximos de suas residências, o que melhora a recuperação pós-operatória.
Ezequias Moreira, de Dourados, foi um dos beneficiados com a iniciativa. "Meu problema foi causado por artrose. A cirurgia em Rio Brilhante foi rápida e eficiente. Eu sofria muito, não conseguia nem andar. Agora estou em recuperação e fazendo fisioterapia", contou. Casos como o de Ezequias também ocorreram em Ponta Porã, Coxim, São Gabriel do Oeste e outros municípios.
Segundo Daniel Rayckson Santos, secretário de Saúde de Costa Rica, a parceria com o Governo do Estado tem sido essencial. "Conseguimos diminuir o tempo de espera e atender pacientes de diferentes cidades. O objetivo é exatamente esse: desafogar os grandes centros e garantir um atendimento eficiente nas regiões", afirmou.
Em Rio Brilhante, mais de 700 pacientes já foram atendidos desde 2023 em cirurgias ortopédicas, urológicas e outras. "Com apoio do Estado, investimos em infraestrutura e nos tornamos referência em ortopedia", explicou a secretária Lívia Baungaertner. A cidade ainda deve iniciar novas cirurgias nas próximas semanas.
Em Coxim, a regionalização tem avançado com a inclusão de novas subespecialidades e ampliação das cirurgias. "Os pacientes de outras cidades confiam em nosso atendimento. Trabalhamos para mostrar que aqui também há qualidade, conforto e agilidade", destacou Fernanda Berigo, secretária municipal de Saúde.
O novo modelo da Secretaria Estadual de Saúde prevê cinturões de média complexidade ao redor das cidades de alta complexidade: Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. "Com financiamento adequado, os hospitais do interior deixaram de depender das capitais. Agora, eles têm condições de atender mais e melhor", disse o secretário Maurício Simões.
Para viabilizar o modelo, o Estado investiu R$ 1,8 bilhão desde 2023 em obras, equipamentos e contratação de profissionais. A regionalização permite que casos simples sejam tratados localmente, reduzindo deslocamentos e sobrecarga nos grandes centros.
Apresentado aos deputados estaduais, o novo modelo de financiamento prevê incentivo fixo para funcionamento e incentivo variável baseado na produção. "Com isso, ampliamos atendimentos e incentivamos os hospitais menores a realizarem mais procedimentos", explicou Simões. A expectativa é reduzir filas, melhorar o acesso à saúde e fortalecer a assistência no interior de MS.