Campo Grande está entre as duas capitais brasileiras que apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme revela o mais recente boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (31). A capital de Mato Grosso do Sul, junto com Vitória (ES), foi classificada em nível de alerta, risco ou alto risco para a doença.
A situação ocorre em um cenário nacional no qual 20 das 27 unidades da Federação estão também em níveis de atenção para SRAG, embora a maioria delas não registre tendência de crescimento. Entre os estados que constam na lista estão Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, entre outros.
De acordo com o levantamento, nas últimas quatro semanas, o vírus sincicial respiratório (VSR) foi o mais prevalente entre os casos positivos de SRAG, representando 47,7% das ocorrências. Em seguida aparecem rinovírus (31%), influenza A (17,4%), Sars-CoV-2 (Covid-19) com 4% e influenza B com 1,5%.
No recorte dos óbitos por SRAG, a maior prevalência também é da influenza A, com 57,6% dos registros, seguida por VSR (17,7%), rinovírus (15,3%), Covid-19 (6,4%) e influenza B (2,6%).
Apesar de uma tendência geral de queda no país, os casos associados ao VSR continuam elevados entre crianças pequenas em quase todos os estados, com exceção de Amapá, Espírito Santo, Piauí, Tocantins e Distrito Federal. Entre os idosos, o cenário é de manutenção de casos em níveis moderados a altos em diversas regiões, incluindo o Centro-Sul, Norte e Nordeste do Brasil.
A Fiocruz reforça a necessidade de atenção especial às faixas etárias mais vulneráveis e recomenda que a população siga atenta às medidas de prevenção e procure atendimento médico ao surgirem os primeiros sintomas gripais.