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Saúde e Bem Estar Quarta-feira, 30 de Julho de 2025, 14:47 - A | A

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Cuidados com a saúde

Campo Grande mantém baixa incidência de dengue e reforça combate ao Aedes aegypti

Município está entre os dez com menor número de casos em Mato Grosso do Sul, mas alerta permanece em bairros com alto risco de transmissão

Elaine Oliveira
Capital News

Mesmo sendo a cidade mais populosa de Mato Grosso do Sul, Campo Grande se destaca positivamente no enfrentamento ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A Capital figura atualmente entre os dez municípios com menor incidência das doenças no estado, ocupando a 73ª posição no ranking estadual.

De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), foram registradas 3.311 notificações de dengue até o dia 19 de julho. O cenário contrasta com outras regiões do país que enfrentaram epidemias da doença em 2024.

Apesar da redução nas notificações, o combate ao mosquito segue ativo, especialmente em bairros classificados com risco muito alto de transmissão, como Cabreúva, Jardim Tarumã, Coophavilla II, Centro, Guanandi, Caiobá, Vila Cruzeiro e Alves Pereira.

“Nessas regiões, as equipes estão reforçando as atividades de extermínio de criadouros. O uso do fumacê é ampliado e as visitas domiciliares são intensificadas”, explica Vagner Ricardo, coordenador de controle de endemias vetoriais da Sesau.

A dengue continua sendo a arbovirose mais incidente em Campo Grande, e por isso permanece como o principal foco de ações da Coordenadoria de Endemias. Embora o número de casos seja considerado baixo, isso não significa que o vírus esteja menos agressivo.

O boletim também confirma o primeiro óbito por dengue em 2024 no município. A vítima, uma mulher de 74 anos, tinha comorbidades que agravaram o quadro clínico.

Baixa adesão à vacinação preocupa
A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, alerta para a baixa cobertura vacinal no público-alvo, mesmo com a vacina já disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

“O manejo mecânico continua sendo nossa principal ferramenta, mas temos outra arma muito importante: a vacinação. Infelizmente, a procura está bem abaixo do ideal”, afirmou.

A meta estipulada pelo Ministério da Saúde é vacinar 90% do público-alvo. Porém, até o momento, apenas 40% receberam a primeira dose, o que representa cerca de 25 mil aplicações. Desses, apenas 11.250 completaram o esquema vacinal, ou seja, 18% do total estimado de 61 mil pessoas.

A prefeitura reforça a importância da vacinação e lembra que o imunizante está disponível gratuitamente em todas as unidades de saúde da Capital.

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