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Cotidiano Quinta-feira, 05 de Dezembro de 2013, 08:56 - A | A

Quinta-feira, 05 de Dezembro de 2013, 08h:56 - A | A

Produtores garantem que movimento da resistência será mantido mesmo sem leilão

Samira Ayub - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Após a decisão da juíza federal Janete Lima Miguel que suspendeu o Leilão da Resistência, que seria realizado por produtores rurais para custear seguranças para resguardar suas propriedades de novas invasões, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul) e Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) garantiu no fim da tarde de quarta-feira (4) que irão manter o movimento da resistência programado para este sábado (7).

Durante coletiva ontem à tarde, o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, considerou legítimo o movimento dos produtores em defesa do direito da propriedade. Mesmo sem a realização do evento, produtores irão se reunir no sábado. “Se formos impedidos de nos unir para discutir nossos problemas, teremos a morte da democracia", disse Riedel que afirmou que foram informados por meio da imprensa sobre a decisão da juíza

Francisco Maia, presidente da Acrissul, a formação de uma milícia não era o objetivo do leilão, mas sim o de conscientizar a população e produtores sobre o conflito agrário no Estado e suas consequências. "Quando há uma decisão judicial contra os indígenas, eles rasgam e agora eles pedem a proteção da Justiça?", questionou Maia.

O advogado dos fazendeiros que tiveram suas áreas invadidas em Sidrolândia, Newley Amarilla, considerou a decisão arbitrária e parcial. Segundo ele, se a Justiça concede liminar e informa primeiro à imprensa, coloca sua reputação em risco.

O movimento da resistência já tem a presença confirmada de mais de dois mil produtores, da presidente da confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, do senador Ronaldo Caiado, além da participação da bancada federal, deputados estaduais e de lideranças rurais de outros Estados.

A Acrissul informou que o leilão já arrecadou, por meio de doações, mais de 800 bovinos, além de animais de pequeno porte e grãos. Os promotores do leilão estimavam uma arrecadação de R$ 3 milhões destinados a ações em defesa e proteção dos produtores de áreas invadidas. Em todo o Estado já são 80 propriedades invadidas.

 

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