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Cotidiano Terça-feira, 24 de Fevereiro de 2015, 17:59 - A | A

Terça-feira, 24 de Fevereiro de 2015, 17h:59 - A | A

Orgãos públicos discutem melhorias para a recém inaugurada Casa da Mulher Brasileira

Kemila Pellin - Capital News

Em reunião no gabinete da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública na Capital, foram discutidas algumas mudanças e adequações na Casa da Mulher Brasileira, inaugurada no dia 3 de fevereiro em Campo Grande, visando melhorar o atendimento às vítimas da violência doméstica.
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Sílvio Maluf, defendeu a criação de espaço para a Polícia Militar. “A ideia da Casa da Mulher Brasileira é integrar num mesmo local serviços especializados para combater os mais diversos tipos de violência contra as mulheres; e normalmente os casos de agressões são atendidos primeiramente pela PM, que inclusive contém o agressor e para isso precisa de instalações adequadas”, reforçou.

Outro ponto debatido na reunião foi a questão do transporte para as vítimas de violência doméstica. De acordo com a superintendente de Política Pública para a Mulher da Secretaria de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), Luciana Azambuja, é preciso criar um protocolo para os atendimentos, pois, nos horários em que são registrados os maiores números de ocorrências não há serviço de transporte coletivo.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Deusdete Souza Oliveira Filho defendeu que a condução de vítimas para a Casa da Mulher Brasileira é feita única e exclusivamente em casos de flagrante, quando os agressores são presos e levados para a DEAM. “Nos outros casos não temos como fazer esse transporte”, alertou.

Heloísa Castro Berro, secretária de Políticas Para Mulheres da Presidência da República, explicou que a Casa da Mulher Brasileira possui dois veículos para realizar o transporte das vítimas até o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), centros e casas de apoio, porém, é necessário um protocolo para operacionalizar o serviço, que será em breve criado pela administração do local. A secretária também comentou reforçou que há um prazo de 90 dias para que as propostas de alterações no projeto original, que é quando será construída uma sala para a Polícia Militar na Casa da Mulher Brasileira, sejam apresentadas ao Governo Federal.

Serviços

Na casa da Mulher Brasileira são oferecidos hoje atendimentos de acolhimento e triagem, apoio psicossocial, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). Também estão sendo instaladas no local unidades da Defensoria Pública, do Ministério Público e uma vara criminal, pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Durante a reunião, a delegada-geral adjunta da Polícia Civil, Regina Márcia Rodrigues da Mota, e a titular da DEAM, delegada Rosely Molina, explicaram que com a divulgação da Casa da Mulher Brasileira e do atendimento 24 horas pela DEAM, as vítimas da violência doméstica estão denunciando mais os agressores. “De primeiro de janeiro até agora já foram registrados mais de 900 casos de violência doméstica em Campo Grande, 120 deles só durante o período de carnaval”, lembrou a delegada Molina.

Segundo a delegada Regina Mota, existem hoje em Mato Grosso do Sul mais de 2 mil mulheres com medidas protetivas. “Isso comprova a necessidade da delegacia 24 horas, funcionando em um espaço como a Casa da Mulher Brasileira”, finalizou.

Também estiveram presentes na reunião o diretor do Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS), coronel Luiz Altino do Nascimento, o Comandante do Policiamento Metropolitano, coronel Francisco Ovelar, o delegado Itamar Chamorro da Rocha, coordenador do Departamento de Polícia Especializada (DPE), o delegado Luiz Sérgio da Silva, coordenador de Operações de Inteligência da Sejusp, o arquiteto Fábio Alex Correa e a coordenadora de Tecnologia e Informática da Sejusp.

(Com informações do Notícias MS)
 

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