Mato Grosso do Sul encerra 2025 com números históricos na prevenção de incêndios. Até dezembro, foram registrados 1.811 focos de calor, o menor índice desde 1998, início da série histórica. Mesmo que os focos aumentem até o fim do ano, 2025 será considerado o melhor ano da série.
A redução também se refletiu na área queimada: 202.678 hectares consumidos até 2 de dezembro, muito abaixo dos 2,3 milhões registrados em 2024. “Não tivemos um mês que se destacasse como o melhor, mas todos permaneceram próximos dos índices mínimos. Mantivemos um padrão de qualidade ao longo de todo o ano”, destacou o Major Eduardo Rachid Teixeira, subdiretor de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros.
Segundo especialistas, o resultado é fruto de ações integradas entre Governo do Estado, órgãos federais e comunidades pantaneiras. “Fomos a campo falar com quem vive no Pantanal, levando conhecimento técnico adequado à realidade local. A prevenção ganha força para 2026: queremos investir mais antes que o fogo aconteça”, disse Teixeira.
A Operação Pantanal 2025 contou com quase 1.000 brigadistas, monitoramento via satélite, 1.298 militares, 60 viaturas e ações estratégicas de combate. O capitão André Luiz Leonel, da PMMS, explica que sistemas em tempo real aceleraram a resposta e facilitaram a coleta de provas em casos de incêndios criminosos. “Isso diminui o tempo de resposta e garante maior eficiência no combate”, afirma.
O meteorologista Vinícius Sperling ressalta que o clima favorável de 2025, com chuvas mais regulares, contribuiu para o sucesso. “Março e abril tiveram volumes expressivos de chuva, retardando o período crítico e reduzindo os incêndios”, comenta. O presidente do Comitê do Fogo, tenente-coronel Leonardo Congro, reforça que a integração e o aprendizado dos últimos anos foram decisivos: “Depois de um 2024 extremamente severo, ver esses resultados mostra que o trabalho deu certo.”
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