O regime climático de Mato Grosso do Sul apresenta duas fases bem definidas: o período chuvoso, entre outubro e abril, e o seco, de maio a setembro. Essa alternância influencia diretamente o nível dos rios, especialmente na Bacia do Rio Paraguai, fundamental para o equilíbrio ambiental e econômico da região.
Durante o período chuvoso 2024/2025, dados do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) mostram que oito das 11 estações de monitoramento registraram chuvas acima da média histórica. Entre os destaques estão Ladário, com 1.082,8 mm, e Miranda, com 1.034,2 mm. Apenas Porto Esperança apresentou déficit, com 35% menos chuva que o esperado.
Abril foi o mês com maior anomalia positiva, acumulando 1.609,8 mm de chuva, 685,9 mm acima da média histórica. Essa recuperação refletiu diretamente nos rios: desde abril, nenhuma estação da Bacia do Paraguai registrou cota de estiagem, uma mudança significativa em relação a 2024, quando trechos críticos persistiam mesmo no período chuvoso.
Com a chegada da estação seca, os rios já começam a apresentar redução de volume. A estação do rio Aquidauana entrou em cota de estiagem nesta semana, e a previsão é de baixa pluviosidade até setembro. “O aumento das chuvas entre março e abril foi determinante para que todos os pontos monitorados ficassem fora da estiagem pela primeira vez desde 2023”, afirmou Leandro Neri Bortoluzzi, técnico do Imasul.
A expectativa é de que um novo ciclo chuvoso se inicie em outubro, mantendo a tendência climática da região. Até lá, o monitoramento constante será essencial para orientar ações de gestão hídrica, sobretudo em áreas produtivas e ribeirinhas.
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