Campo Grande deu o primeiro passo rumo a uma coleta de lixo mais sustentável, com a substituição de parte da frota movida a diesel por caminhões que utilizam GNV (Gás Natural Veicular). A iniciativa faz parte de um projeto piloto da Solurb, concessionária responsável pela limpeza urbana, e visa uma futura transição para o biometano, combustível renovável que será produzido no aterro sanitário Ereguaçu, atualmente em fase de licenciamento.
Dos 55 caminhões da frota, 15 foram renovados, sendo três deles com tecnologia bicombustível, capazes de operar tanto com GNV quanto com biometano. Cada veículo custou cerca de R$ 1,26 milhão, o dobro de um modelo tradicional a diesel. Os testes com GNV estão sendo feitos em Campo Grande, onde há apenas três postos com fornecimento do combustível.
Segundo Elcio Terra, superintendente da Solurb, “a troca da frota faz parte do contrato de concessão e reforça o compromisso com práticas mais sustentáveis e inovadoras na gestão dos resíduos urbanos”. Já o também superintendente Lucas Dolzan destacou que os testes avaliarão desempenho, consumo, manutenção e produtividade dos caminhões a gás. “É uma etapa essencial para garantir a viabilidade da substituição completa”, disse.
A expectativa da Solurb é utilizar o biometano no futuro, a partir da usina a ser construída no aterro Ereguaçu, com previsão de funcionamento em 2029. O biometano será gerado a partir do aproveitamento do biogás produzido pela decomposição do lixo orgânico, em um processo que também pode gerar energia elétrica.
Enquanto o GNV é um combustível fóssil com menor impacto ambiental, o biometano é 100% renovável e reduz ainda mais as emissões de gases do efeito estufa. Com isso, Campo Grande se antecipa às exigências por sustentabilidade e aposta na autossuficiência energética como caminho para modernizar seus serviços públicos.
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