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Cotidiano Sábado, 21 de Março de 2009, 13:00 - A | A

Sábado, 21 de Março de 2009, 13h:00 - A | A

Internas produzem sacolas e aprendem uma nova profissão

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Trinta e duas internas do Estabelecimento Penal de Regime Semiaberto de Campo Grande estão trabalhando na produção de 20 mil sacolas reutilizáveis. Para isso, elas também participam de um curso de costura industrial e serigrafia, que garante qualificação profissional para atuar na indústria de confecções, área carente de mão-de-obra especializada no Estado.

A iniciativa faz parte de uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), a Secretaria de Estado de Governo (Segov), representada pela Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Mulher, a Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) e a Associação Rede Econômica de Supermercados.

Além da capacitação profissional e a inclusão social das internas, o projeto visa também a preservação ambiental, já que as sacolas retornáveis, também chamadas de Ecobags, têm a função de substituir os sacos plásticos utilizados em supermercados e, com isso, ajudam na preservação do meio ambiente. Outro ponto positivo, ecologicamente falando, é que as sacolas desse projeto são confeccionadas a partir do reaproveitamento de sacos de ráfia usados e tecidos em algodão cru descartados por empresas do setor varejista de alimentos.

Pelo trabalho, as reeducandas serão remuneradas. O valor é individual, baseado na produção de cada uma. Durante o curso, elas também recebem almoço e dois lanches diários, além de vale transporte gratuito.

O valor total do contrato, incluindo todos os custos do curso e de produção, é de R$ 16.551,60 com vigência de cinco meses, conforme cronograma de execução, podendo ser prorrogado.

A qualificação

O curso profissionalizante de costura industrial e de serigrafia está sendo realizado no Cati (Centro de Apoio do Trabalhador Informal). A capacitação é composta por aulas teóricas e práticas. Além das atividades específicas, as internas recebem noções sobre saúde e segurança no trabalho, relações humanas, direitos sociais e trabalhistas, gestão do trabalho, educação ambiental e noções de empreendedorismo. As alunas também participam de dinâmicas que visam dar mais agilidade às mãos, tendo em vista que o trabalho exige isso.

Outra preocupação é com relação à prevenção à LER (Lesão por Esforço Repetitivo). Por isso, de duas a três vezes ao dia, as internas participam de sessões de ginástica laboral.

Segundo a instrutora de costura industrial, Gislaine Garcia Barbosa, as internas serão capacitadas em todo o processo de costura, aprendendo não só como operar diferentes tipos de máquinas, como também conhecer suas peças uma a uma. “Quando concluírem o curso, estarão aptas a trabalhar em qualquer indústria de confecção”, garante, ressaltando que no Estado existe um grande carência de profissionais qualificados nessa área.

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