Estimativa da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) e dos órgãos envolvidos na operação, como o Corpo de Bombeiros e o Grupo de Patrulhamento Aéreo (GPA) da Polícia Militar/MS, indica que pelo menos 50 mil hectares de vegetação nativa foram queimados desde domingo (27), quando reacenderam as queimadas na região do Pantanal de Corumbá, Miranda e Aquidauana.
Força-tarefa sob o comando do Corpo de Bombeiros do Estado, está sendo realiza para combater os focos de calor. O cenário é de devastação – e o fogo se expande, com a fumaça prejudicando o tráfego na BR-262. A ação de combate aos focos articulada pelo Governo do Estado, desde segunda-feira, conta com a participação de 26 homens, dos quais 11 são bombeiros e sete brigadistas do PrevFogo do Ibama. A força-tarefa conta ainda com a participação de cinco militares integrantes do GPA e dois oficiais do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, os quais operam a aeronave Air Tractor AT-400, com capacidade para lançar três mil litros de água em alvos em chamas.
O fogo brota nas margens da rodovia e forma uma cortina, tornando em noite um dia com temperatura acima de 40 graus, como nesta terça-feira. As labaredas chegam a mais de dez metros de altura, assustando quem transita pela região, se aproximando dos linhões de transmissão de energia. Em nota, a PRF recomendou aos motoristas não trafegarem à noite nesse trecho crítico, entre Corumbá e Miranda: 20 focos foram registrados na margem da rodovia.
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A dimensão da intensidade dos focos de calor se mede a menos de 80 km de Campo Grande, em cuja distância da Capital a nuvem de fumaça vinda de incêndios ocorrendo a 220 km interferem nas condições de visibilidade reduzida para quem trafega na rodovia federal, até próximo a entrada da MS-450, em direção a Palmeiras e Piraputanga, entre Dois Irmãos do Buriti e Aquidauana, conforme a assessoria. Logo depois, a fumaça se dissipa, conforme a direção do vento. Segundo o capitão Vinicius Barbosa Gonçalves, que coordena o combate aos focos, a prioridade da ação é proteger a unidade de conservação ambiental da Estrada-Parque. Ele informou que o objetivo também é evitar que o fogo chegue a algumas propriedades da região, como pousadas e hotéis, a maioria com lotação completa de turistas em razão da proximidade do encerramento da temporada de pesca nos rios do Pantanal.