As obras da Ponte Internacional sobre o Rio Paraguai, que vai ligar Brasil e Paraguai na Rota Bioceânica, já estão mais de 70% concluídas. Na última sexta-feira (15), um sobrevoo registrou o andamento da construção, que agora está focada no “trem de avanço” — estrutura que conecta as duas margens do rio. No lado brasileiro, esse equipamento já chegou ao primeiro pilar central.
Com investimento de US$ 100 milhões, financiado pela Itaipu Binacional (lado paraguaio), a ponte deve ficar pronta em 2026. A construção é feita pelo Consórcio PYBRA, com empresas do Brasil e Paraguai, sob coordenação do engenheiro paraguaio Renê Gomez. A fiscalização da obra é feita pelo Ministério de Obras Públicas e Comunicação do Paraguai.
Além da ponte, o acesso pelo lado brasileiro também está em obras. O trecho tem 13,1 km a partir da BR-267 e está sendo construído pelo Consórcio PDC Fronteira. O projeto custa R$ 472 milhões, com recursos do Novo PAC, e é contratado pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
A previsão é que o acesso ao estribo da ponte, do lado brasileiro, também seja concluído até o fim de 2026. Juntas, as obras vão formar um novo eixo de transporte internacional, reduzindo distâncias e facilitando o comércio entre países da América do Sul e da Ásia.
Essa infraestrutura faz parte da Rota Bioceânica, um corredor logístico que vai ligar o Centro-Oeste do Brasil aos portos do Chile. A expectativa é que a nova ligação melhore o escoamento de cargas, reduza custos e fortaleça a integração entre os países envolvidos.
Arquivo
A Rota Bioceânica, começa em Mato Grosso do Sul, por Porto Murtinho, em direção ao Paraguai
