A movimentação de equipamentos superdimensionados pelas rodovias de Mato Grosso do Sul se tornou rotina com o avanço do Projeto Sucuriú, em Inocência. A equipe técnica destaca que “cada trajeto dentro do Estado exige estudos estruturais e coordenação permanente com órgãos públicos”, reforçando a complexidade logística que MS passou a assumir com o megainvestimento.
Coordenada pela Valmet, a operação envolve cargas vindas de 18 países, desembarcadas em Santos e Paranaguá antes de cruzarem o território sul-mato-grossense em comboios escoltados. Só na etapa atual, mais de 4 mil veículos já estão em circulação no Estado, número que saltará para 12 mil até meados do próximo ano — e ultrapassará 60 mil carretas até o fim da obra. Entre as peças mais desafiadoras está o “balão da caldeira”, que pesa mais de 300 toneladas.
O Projeto Sucuriú, conduzido pela Arauco, é o maior investimento da história de Mato Grosso do Sul, com mais de R$ 25 bilhões aplicados na construção da futura maior fábrica de celulose do planeta. A planta terá capacidade para produzir 3,5 milhões de toneladas por ano e deve iniciar operações no fim de 2027. “É um empreendimento que reposiciona o MS no cenário global da celulose”, resume a empresa. Durante a construção, mais de 14 mil empregos serão gerados; após a conclusão, cerca de 6 mil postos diretos e indiretos serão mantidos.
Para dar conta da operação, o Estado mobiliza PRF, DNIT, concessionárias e prefeituras, garantindo segurança, reforço de pontes, desvios temporários e controle de tráfego. Com frotas menos poluentes e práticas de transporte sustentáveis, o MS consolida sua relevância na indústria florestal e se estabelece como protagonista de uma das maiores operações logísticas já realizadas no Brasil.
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