Mato Grosso do Sul encerrou 2024 com mudanças significativas nos indicadores de Registro Civil.
Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo IBGE, houve queda nos nascimentos, redução nos casamentos e manutenção de um dos maiores índices de divórcios do Brasil.
As estatísticas têm como base informações de cartórios e varas judiciais.
O Estado registrou 38.287 nascidos vivos no ano passado, redução de 6% em relação a 2023, quando haviam sido contabilizados 40.745.
MS permaneceu pela terceira vez consecutiva na 19ª posição entre os Estados brasileiros. Bebês do sexo masculino representaram 51,7% dos registros, enquanto mães entre 25 e 29 anos concentraram a maior parcela dos partos, com 25,9% do total.
Um dado que chamou atenção foi o crescimento de nascimentos registrados fora de hospitais ou residências: saltaram de 48 para 199, aumento de 314,6%, colocando o Estado na 17ª posição nesse tipo de ocorrência.
A mortalidade registrou 19,5 mil óbitos em 2024, alta de 0,9% em comparação ao ano anterior. As maiores variações ocorreram entre pessoas de 60 a 64 anos, com aumento superior a 7%, e entre idosos de 85 a 89 anos, com avanço de 7,14%.
Entre todas as mortes registradas, 68,2% eram de indivíduos com 60 anos ou mais. Os óbitos fetais tiveram queda de 4,6%, passando de 367 para 350 ocorrências.
Os casamentos civis tiveram leve recuo: foram 15.094 celebrações em 2024, redução de 0,4% em comparação a 2023. Apesar da queda geral, MS registrou o maior número histórico de uniões entre pessoas do mesmo sexo, totalizando 175 casamentos.
A taxa de nupcialidade ficou em 6,7 casamentos por mil habitantes com 15 anos ou mais, a 7ª maior do país.
No movimento contrário, os divórcios continuam elevados no Estado. Em 2024, foram 7.624 dissoluções, queda de 2,3% na comparação anual, mas ainda assim suficiente para manter Mato Grosso do Sul na terceira maior taxa de divórcio do Brasil: 3,7 por mil habitantes com 20 anos ou mais.
A duração média dos casamentos antes da separação caiu para 11,8 anos, o quarto menor índice entre todas as unidades da federação.
O levantamento também mostra mudanças no perfil das famílias que se separam. Em 42,9% dos divórcios, o casal tinha apenas filhos menores de idade.
A guarda compartilhada teve avanço expressivo nos últimos dez anos, saltando de 9,51% em 2014 para 43% em 2024. Mesmo assim, a guarda unilateral materna segue predominante, correspondendo a 48,9% dos registros.
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