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Cotidiano Segunda-feira, 21 de Setembro de 2009, 14:58 - A | A

Segunda-feira, 21 de Setembro de 2009, 14h:58 - A | A

Força Sindical MS participa de Audiência Pública pela redução de jornada para 40 horas

Da Redação (AP)

A Força Sindical Mato Grosso do Sul participa de audiência pública pela redução da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem diminuição de trabalho. O evento, que faz parte de uma mobilização estadual em favor da Proposta de Emenda à Constituição 231/95 (que reduz a jornada e que está prestes a ser votada na Câmara Federal), será realizado nesta segunda-feira à tarde no plenário da Assembléia Legislativa do Estado.

A PEC é defendida pelas centrais sindicais de Mato Grosso do Sul e essa audiência pública conta com o apoio do deputado estadual Amarildo Cruz e o deputado federal Antônio Carlos Biffi, ambos do PT. O presidente da Força Sindical Mato Grosso do Sul, Idelmar da Mota Lima, presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul – Fetracom/MS, está mobilizando sindicalistas de todo o Estado para participar desse evento em Campo Grande.

“O Brasil vive um momento histórico, pois tem a chance de promover justiça com todos os trabalhadores brasileiros ao estabelecer a jornada de 40 horas no País. Todos irão ganhar. Empresários, ao contrário do que alegam, não perderão e os trabalhadores terão mais tempo para dedicar à família, se qualififcarem e isto, sem contar com o aumento de oferta de emprego”, comenta Idelmar na defesa da redução de jornada.

O deputado Amarildo Cruz também refere-se a esse momento histórico:"Esta é uma luta histórica da classe trabalhadora. Com a aprovação da PEC será possível gerar emprego, sem reduzir salários e melhorar a qualidade de vida do trabalhador", avalia o deputado referindo-se ao projeto que está há 14 anos em tramitação no Congresso Nacional.

O governo federal também é a favor da redução da jornada de trabalho, defendida publicamente pelo Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Além da redução da carga horária, a PEC também prevê a elevação do valor da hora extra para 75% sobre o valor da hora normal paga ao trabalhador. Segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), serão criados cerca de 2,5 milhões novos postos de trabalho no país. A Confederação Nacional da Indústria afirma que a proposta não estimulará a criação de empregos e elevará os custos de produção.

No Estado, a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul integra o movimento contra a PEC.A proposta já foi aprovada por uma comissão especial da Câmara e precisa ser votada em dois turnos pelos deputados federais. Casa seja aprovada na Casa, a proposta segue para discussão e votação em dois turnos no Senado Federal. O vice-presidente da Força em MS, Estevão Rocha dos Santos também não tem dúvida dos benefícios que o Brasil terá com essa mudança que valoriza o trabalho. “Haverá melhoria da qualidade do trabalho em todo o País. As empresas não vão perder pois a produtividade não diminuirá com a redução de jornada”, comentou.

 

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