Através de uma pesquisa no Programa de Pós-graduação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição (Facfan), uma estudante desenvolveu um suplemento inovador para ciclistas. O produto desenvolvido pretende contribuir para o desenvolvimento cardiovascular, hidratação e composição corporal durante os treinos.
A pesquisa contou com orientação e colaboração da professora da Facfan, Fabiane La Flor Ziegler Sanches, além da participação de alunos do Grupo de Estudos de Nutrição em Esportes, Saúde, Pesquisa e Inovação (GENESPI). Fabiane explicou o processo de escolha da beterraba e do cajá. “Procuramos ingredientes que alinhassem aspectos nutricionais, tecnológicos e sensoriais, além de observar a legislação brasileira para caracterizar o produto. Portanto, buscamos ingredientes como a beterraba, que contém nitrato em sua composição nutricional. Esse composto é transformado em óxido nítrico em nosso organismo, sendo um importante vasodilatador, que é interessante para fornecer nutrientes, energia e oxigênio aos músculos ativos durante a prática esportiva. Além da beterraba, estudamos frutos do mercado com características nutricionais aplicáveis ao público esportivo para o desenvolvimento de produtos inovadores. Chegamos ao Cajá, que possui importantes antioxidantes, ajudando a combater o estresse oxidativo”, disse a orientadora.
A estudante do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia da Facfan, Mariana Falasch, falou sobre as etapas de desenvolvimento do produto. “A primeira etapa envolveu o desenvolvimento do gel, a avaliação físico-química e a análise sensorial com esportistas. A segunda etapa consistiu no teste piloto, que contou com a participação de 7 ciclistas, onde foram avaliadas a performance, os parâmetros cardiovasculares e a hidratação em um treino de rua de 90 minutos, incluindo percursos dentro e fora da UFMS. A terceira etapa foi a intervenção, na qual participaram 13 ciclistas do sexo masculino, em dois dias de treino indoor na academia escola da UFMS. Tanto no teste piloto quanto na intervenção, o gel desenvolvido foi comparado a um gel comercial, com o objetivo de avaliar o efeito de ambos”, detalhou.
A pesquisa, que contou com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Esporte (PROECE/UFMS), foi aprovada pela professora Fabiane La Flor Ziegler Sanches na Chamada Fundect Nº 31/2021 – Universal 2021 – ODS, e encontra-se na etapa de coleta e interpretação dos dados para a redação de artigos científicos. A inovação do produto também resultou no depósito de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).