Confederações do setor privado, do comércio à indústria, divulgaram ontem um documento criticando a decisão do governo Lula de elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). As entidades apelam ao Congresso para que “avalie com responsabilidade a anulação do teor do decreto” apresentado na semana passada pelo governo, frisando que “a decisão gera imprevisibilidade e aumenta os custos para produzir no país”. Isso reforça a pressão de parlamentares da oposição sobre o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), para colocar em votação um decreto legislativo anulando a medida do Executivo. Tributaristas avaliam que alguns pontos da decisão do governo podem ser questionadas por empresas na Justiça.
Quatro dias depois de o governo anunciar o aumento, Hugo Motta criticou ontem a medida ao dizer que o país “não precisa de mais imposto” e que vai discutir com líderes partidários, em reunião na próxima quinta-feira, pedidos da oposição para revogar o decreto do governo. O presidente da Câmara também rebateu declarações do ministro Fernando Haddad (Fazenda) publicadas no domingo pelo O Globo, afirmando que um ajuste das contas públicas "depende mais do Congresso" do que do Executivo. Motta contra-atacou dizendo que “quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor”, e acrescentou que o governo “não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar”. Na Câmara, são pelo menos sete propostas protocoladas por deputados para barrar o aumento. (Com O Globo)
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