A Construcap CCPS Engenharia e Comércio venceu o leilão da Privatização Público-Privada (PPP) do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), com deságio de 22% frente ao valor de referência definido para a contraprestação do Estado, que era de R$ 20,3 milhões, superando as concorrentes na tarde de ontem, na sede da B3, a Bolsa de Valores, em São Paulo. A proposta foi no valor de R$ 15.909.279, um desconto próximo dos R$ 4,5 milhões para gerir os serviços indicados.
A vencedora já opera três hospitais estaduais no Estado de São Paulo por meio de PPPs: os hospitais regionais de São José dos Campos e de Sorocaba, e o Hospital Centro de Referência da Saúde da Mulher, na capital paulita. Considerada uma das dez maiores do país, a construtora é responsável, entre outras obras, pela reforma do estádio Mineirão para a Copa de 2014, construção de dois trechos do metrô de São Paulo e construção do Templo de Salomão, o maior templo religioso do Brasil.
"O Brasil precisa de soluções e quem deve buscá-las é o Poder Público. Estamos quebrando esse paradigma. Houve um envolvimento de nossa equipe, muito comprometimento de todos para chegar ao dia de hoje. Acredito muito que esse modelo, de uma PPP de cunho social, vai entregar qualidade superior a existente hoje. O Estado está crescendo cada vez mais rápido e esses avanços em áreas como a saúde se fazem urgentes", discursou o governador Eduardo Riedel (PP) durante o discurso antes de bater o martelo na B3.
A Construcap ficará à frente do HRMS pelos próximos 30 anos, quando deverá investir pelo menos R$ 7,3 bilhões no hospital em recursos de operação (o chamado opex, que envolve salários, manutenção, compra de insumos, entre outros) e R$ 966 milhões em reformas e ampliações que vão qualificar o espaço e abrir mais vagas e oferta de serviços de saúde no local.
Conforme o governo, o Hospital em Campo Grande permanecerá público, com atendimento gratuito 100% SUS, sob gestão administrativa da Construcap. Entre suas atribuições estão recepção, limpeza e jardinagem, vigilância, portaria e estacionamento, lavanderia e rouparia, manutenção predial e engenharia clínica, Central de Material Esterilizado (CME), nutrição e dietética, esterilização, logística de almoxarifado e farmácia, transporte, necrotério, serviço de arquivo médico, estatística e faturamento, gases medicinais e utilidades, aquisição de insumos e dietas e apoio ao serviço de atendimento domiciliar.
A parceria visa modernizar a estrutura hospitalar com a construção de novos blocos, ampliação de 60% da capacidade com oferta de 577 leitos, passando de 30 mil para 42 mil atendimentos ao ano. Além disso, o número de internações será ampliado em 97%, passando dos atuais 1,4 mil pacientes internados para 2.760 ao mês. (Com Secom-MS)
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