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Agentic AI será prioridade em 2025; tecnologia pode otimizar decisões empresariais

Por Alan Santana

Da coluna Geração Agora
Artigo de responsabilidade do autor

Tecnologia ganha espaço em grandes empresas e pode mudar o cenário corporativo nos próximos anos

Reprodução/Freepik

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A inteligência artificial avança em escala global e já faz parte da rotina de pelo menos 54% dos brasileiros. Essa tecnologia tem otimizado atividades de diferentes formas, mas ainda segue em constante evolução.

É nesse contexto que surge a Agentic AI, apontada pela Gartner como a principal tendência em tecnologia para 2025. Trata-se de um sistema capaz de operar com mínima intervenção humana, atuando de forma totalmente autônoma.

Esse novo modelo representa um avanço em relação às inteligências artificiais mais populares hoje, que ainda dependem de comandos humanos para funcionar adequadamente. Com a Agentic AI, essa dependência tende a diminuir nos próximos anos.

Uso da Agentic AI cresce ao redor do mundo

Embora ainda pouco difundida no Brasil, a Agentic AI já começa a ser implementada com rapidez em outras regiões. Uma pesquisa realizada com empresas do Reino Unido, Estados Unidos, Japão e Austrália apontou que 51% delas já adotam essa tecnologia.

O Reino Unido lidera a lista, com 66% das empresas utilizando o sistema, enquanto o Japão aparece com 32%. Entre as demais companhias desses países, a maioria planeja adotá-lo em breve. Apenas 3% afirmam não ter nenhuma estimativa nesse sentido.

Na mesma pesquisa, os executivos destacaram quais problemas a nova tecnologia pode resolver em comparação aos modelos anteriores. O principal ponto citado foi o planejamento insuficiente, mencionado por 41% dos entrevistados.

Outros obstáculos também foram lembrados, como os custos e a carência de treinamentos, uma vez que os sistemas anteriores exigiam maior interação humana. De forma geral, a Agentic AI vem modificando práticas empresariais em diferentes setores.

Benefícios do uso de Agentic AI nas empresas

A tecnologia entrega benefícios semelhantes aos já percebidos no uso de IA corporativa, porém de maneira mais eficiente. Entre os principais ganhos estão:

Mais produtividade e expansão operacional: as empresas conseguem acelerar processos e manter a qualidade mesmo com o aumento das demandas, o que reforça a eficiência durante o planejamento.

Automação inteligente de tarefas: a tecnologia permite automatizar fluxos de trabalho complexos com precisão, liberando as equipes para se concentrarem em atividades estratégicas e reduzindo falhas operacionais.

Desempenho adaptável à demanda: a solução facilita a escalabilidade das operações conforme a necessidade, mantendo o rendimento estável, ideal para empresas em crescimento ou com tarefas rotativas.

Agilidade e resposta em tempo real: a Agentic AI adapta-se rapidamente a mudanças e fornece respostas ágeis, tornando os processos mais flexíveis e adequados a contextos dinâmicos.

Apoio ao trabalho humano: a tecnologia atua como um suporte para as equipes, fortalecendo decisões e otimizando rotinas a partir do conceito de edge computing, que consiste no processamento de dados próximo da fonte, com uso de IA, permitindo respostas em milissegundos.

Brasil ainda busca avanços no setor

Enquanto outros países avançam na aplicação da inteligência artificial nas empresas, o Brasil segue em ritmo mais lento. Um levantamento da Qive em parceria com a Endeavor aponta que apenas 21% das companhias brasileiras utilizam IA em seu dia a dia.

Entre aquelas que ainda não adotaram, uma em cada quatro afirma não ter planos para fazê-lo nos próximos anos. Já entre as que usam, 77% aplicam a tecnologia em tarefas voltadas à análise de dados.

Ainda assim, o tema da Agentic AI começa a ganhar espaço nos debates. A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) estima que o uso da tecnologia pode reduzir em até 50% o número de fraudes no setor. Já a Associação Médica Brasileira (AMB) projeta uma queda de 30% nos erros médicos.

De modo geral, mesmo com um ritmo mais lento no Brasil, a evolução da inteligência artificial avança em diversos países. Sem um investimento mais firme no setor, o país corre o risco de ficar ainda mais distante dessas transformações.

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