Mais do que tempo de mercado, o investidor experiente reúne competências estratégicas para lidar com a complexidade dos fluxos financeiros
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O mercado de trabalho em sua totalidade é composto por uma série de fragmentações que permitem a inter-relação escalar entre um leque de atividades que compõem a economia mundial. No universo das finanças, especificamente, um investidor de sucesso não obtém destaque somente pelos resultados gerados no seu processo produtivo, embora este fator seja muito importante.
O destaque, de um modo geral, surge sobretudo pela postura, competência e métodos adotados e desenvolvidos no transcorrer da trajetória no segmento. Neste campo, a experiência vai além do tempo de atuação, ou seja, encontra-se atrelada à capacidade de aprender com erros, aperfeiçoar determinadas estratégias, bem como compreender os contextos econômicos, sociais e políticos que influenciam as dinâmicas de mercado.
Nesse sentido, é possível dizer que uma das principais características de um investidor de sucesso é o domínio do conhecimento. Um investidor experiente precisa ter plena consciência do mercado financeiro em suas múltiplas dimensões. Mas o que isso significa, efetivamente?
Significa que o mercado não opera isoladamente, ou seja, ele é atravessado por uma série de questões geopolíticas, ciclos econômicos, mudanças regulatórias nos países e, também, comportamentos culturais.
Por essa razão, investidores de sucesso costumam informar-se com base em fontes confiáveis, na interpretação de dados quali-quantitativos com olhar crítico. A finalidade é compreender as tendências que transcendem o universo matemático, como avanços tecnológicos, políticas atreladas à questão ambiental, transformações nos vetores das cadeias produtivas globais, entre outras.
Outra característica elementar é ter um objetivo estreitamente definido. Afinal, de nada adianta o conhecimento se não há um horizonte como perspectiva. O que acaba determinando se um investidor tem êxito não são as suas aplicações. Na realidade, elas são reflexo de uma meta estabelecida, de um objetivo que se pretende atingir, que foi traçado com base em levantamentos prévios e observações de mercado.
Recorrendo a um dos clichês da filosofia, expresso na célebre frase atribuída a Sócrates – “só sei que nada sei” –, é possível identificar uma postura comum entre investidores de sucesso: a consciência de que o conhecimento é sempre provisório, transitivo e incompleto. Do mesmo modo, não há uma carteira de investimentos ideal e universal.
Assim como cada pessoa possui uma trajetória, valores e objetivos distintos, a composição da carteira também reflete essas singularidades. Não existe, portanto, um número mágico ou uma receita de bolo. O que define a estrutura ideal de investimentos sempre será o investidor e a conjuntura materializada pela realidade naquele momento específico do tempo e do espaço.
É importante destacar que o perfil de um investidor de sucesso diz muito sobre as técnicas que são utilizadas por ele. Uma excelente estratégia é o scalping, que exige precisão e profundo conhecimento do funcionamento das bolsas. Esta técnica em especial consiste na realização de uma série de operações em curto espaço de tempo, com foco em pequenos lucros e variações mínimas de preço.
No fim, o universo das finanças é muito amplo. Para tornar-se um investidor de sucesso, é preciso escolher o segmento, estudar, ter paciência, ser crítico e compreender que, dependendo do tipo de investimento, será necessário conviver com os riscos. Investir nada mais é do que interpretar a realidade, ou seja, ler os fluxos econômicos que caracterizam o mercado no mundo contemporâneo.
