Com crescimento de 8% nas vendas, data reforça tendência de consumo planejado e mostra que pesquisar e definir prioridades são as chaves para aproveitar descontos reais
A Black Friday 2025 deve ser uma das mais movimentadas da história do comércio brasileiro. Segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o evento pode gerar R$ 13,6 bilhões em vendas, o que representa um aumento de 8% em relação a 2024.
O crescimento reflete a retomada do consumo e a confiança dos consumidores diante de um cenário econômico mais estável, com inflação controlada e juros em queda.
Além disso, uma análise publicada pela revista Exame aponta que o varejo brasileiro vive “sinais de uma nova era”, marcada pela digitalização e por estratégias mais assertivas de personalização de ofertas.
O cruzamento de dados entre lojas físicas e plataformas online está permitindo que o consumidor encontre preços mais competitivos e promoções direcionadas ao seu perfil de compra.
Como aproveitar a Black Friday
Para transformar as promoções em boas oportunidades, o planejamento é essencial. De acordo com levantamento do portal Pragmatismo Político, consumidores que se organizam com antecedência conseguem economizar até 30%, em comparação aos que compram por impulso.
A pesquisa foi feita com base no acompanhamento de preços de produtos populares em grandes sites de varejo durante os meses que antecedem o evento.
Especialistas em finanças pessoais apontam que, embora a Black Friday ofereça descontos reais, muitas lojas aumentam gradualmente os preços antes da data. Por isso, o ideal é começar o monitoramento com pelo menos 30 dias de antecedência.
Planejar as compras é a melhor forma de aproveitar a Black Friday sem comprometer o orçamento. Especialistas em finanças recomendam que o consumidor monte uma lista de prioridades, limitando-se ao que realmente precisa, e pesquise com antecedência para acompanhar a variação dos preços e identificar promoções reais.
Também é importante definir um limite de gasto, evitando o endividamento, e resistir às compras por impulso, já que muitas ofertas-relâmpago não representam descontos significativos. Além disso, verificar prazos de entrega e políticas de devolução é fundamental, pois o aumento no volume de vendas pode gerar atrasos ou dificuldades em trocas e reembolsos.
O que comprar
Um levantamento publicado pelo portal Cada Minuto, com base em dados de 2024 de grandes redes varejistas, mostra que os produtos com maiores descontos na Black Friday são os eletrodomésticos, eletrônicos e itens de informática. As reduções médias variam entre 15% e 40%, dependendo da categoria e da região do país.
Os eletrodomésticos lideram o ranking de melhores oportunidades, com destaque para geladeiras, máquinas de lavar e micro-ondas. É justamente por isso que especialistas afirmam ser vantajoso aguardar a data para comprar itens como eletrodomésticos, já que apresentam as maiores quedas de preço e boas condições de parcelamento.
Outras categorias que costumam ter bom custo-benefício incluem:
• pequenos eletrodomésticos, como liquidificadores e aspiradores;
• móveis e artigos de decoração, especialmente comprados online;
• roupas e calçados, com descontos de até 50% em coleções anteriores;
• serviços digitais, como cursos e assinaturas anuais.
Ainda segundo a CNC, o crescimento nas vendas este ano deve ser impulsionado pelo aumento do comércio eletrônico, que já representa 41% das transações durante a Black Friday. Isso indica um consumidor mais conectado e atento, que compara preços, verifica avaliações e busca segurança antes de fechar uma compra.
Em 2025, a Black Friday tende a consolidar-se não apenas como um evento de consumo, mas como um momento de planejamento financeiro e compra inteligente. O perfil do consumidor brasileiro está amadurecendo: ele não busca apenas o menor preço, mas também valor, durabilidade e transparência. Aproveitar a data de forma estratégica significa transformar descontos em investimentos conscientes, e não em gastos por impulso.