Setores de construção civil e engenharia estão entre os mais beneficiados, com grandes expectativas de crescimento em 2026
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) está reposicionando o Brasil em um novo ciclo de investimentos públicos e privados, com impactos diretos na geração de empregos e na retomada da economia.
De acordo com dados do governo federal, o novo PAC já executou cerca de 53,7% dos recursos previstos até 2026, o que representa centenas de obras em andamento em áreas como transporte, energia, habitação e saneamento.
O avanço das frentes de infraestrutura promete movimentar o mercado de trabalho no próximo ano, com destaque para profissões ligadas a construção civil e engenharia.
O que é o PAC?
Criado originalmente em 2007 e relançado em 2023, o PAC é um conjunto de políticas e projetos estratégicos voltados para o desenvolvimento da infraestrutura nacional. O programa tem como objetivo modernizar o país, melhorar a logística e ampliar o acesso a serviços básicos como moradia e saneamento, além de impulsionar a transição energética.
De acordo com o portal oficial da Casa Civil, o novo PAC é dividido em eixos temáticos que abrangem transportes, energia, infraestrutura social, recursos hídricos, inclusão digital, inovação e defesa nacional. Essa divisão garante que os investimentos sejam direcionados a diferentes regiões e setores, estimulando a descentralização da economia e o fortalecimento das cadeias produtivas locais.
Com R$ 54,9 bilhões em investimentos já aplicados até agosto de 2025, o programa se consolida como o maior plano de obras públicas da última década. Além de destravar projetos paralisados, o PAC também tem atraído novas parcerias com o setor privado, criando um ambiente propício para inovação e geração de empregos em longo prazo.
Quais áreas serão mais beneficiadas?
Entre as áreas diretamente impactadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento, estão as de infraestrutura e logística, que concentram grande parte das obras. O foco inclui a modernização de rodovias, portos e ferrovias, além da construção de moradias e obras de saneamento básico.
Esses segmentos exigem mão de obra especializada e têm efeito multiplicador na economia, gerando oportunidades tanto para trabalhadores qualificados quanto para profissionais em formação.
A engenharia civil se destaca como uma das áreas mais beneficiadas, especialmente pela demanda crescente por especialistas em obras de grande porte, planejamento urbano e gestão ambiental. Além disso, engenheiros elétricos, mecânicos e técnicos em edificações também são amplamente requisitados.
A expansão de obras de energia limpa, como parques solares e eólicos, também deve impulsionar carreiras ligadas a sustentabilidade e transição energética, reforçando a tendência de crescimento em setores de inovação tecnológica e infraestrutura verde.
Cenário atual e projeções
Os efeitos do novo PAC já são perceptíveis na economia. Relatórios do governo indicam que milhares de empregos diretos e indiretos foram criados em 2025, e a expectativa é de que 2026 seja o ano de maior crescimento do mercado de trabalho em construção e engenharia desde o período pré-pandemia.
A retomada das obras públicas, aliada ao aumento da confiança dos investidores privados, tende a gerar uma cadeia de oportunidades em todo o país. Estima-se que o programa possa movimentar centenas de bilhões de reais em contratações, estimulando setores como a indústria de materiais, transporte e serviços.
Além disso, o PAC tem papel fundamental na redução das desigualdades regionais, levando infraestrutura e oportunidades de trabalho a estados historicamente menos desenvolvidos. O fortalecimento de polos industriais e logísticos deve ampliar o alcance econômico, com impacto positivo na arrecadação e na qualidade de vida da população.