Setor da construção civil lidera ocorrências, e falta de EPI aparece como causa principal
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Os acidentes fatais são motivo de preocupação em diversos setores da economia, principalmente na indústria. As causas são variadas, mas, no Brasil, cerca de 40% das mortes estão relacionadas a quedas.
A informação foi divulgada pelo site Apoio Engenharia, com base em dados recentes do Ministério do Trabalho e da Revista Proteção.
Atualmente, ocorrem quase 84 acidentes de trabalho por hora no país. Em um ano, os números ultrapassam 700 mil casos, de acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho da Previdência. Dessa forma, o dado acende um alerta sobre a gravidade do cenário atual.
São Paulo tem cenário preocupante em 2025
O Brasil enfrenta índices elevados de acidentes em todas as regiões, e São Paulo é um dos estados mais afetados. Principal economia do país, o estado registrou 377 casos notificados na construção civil até março deste ano, o que representa um aumento de 14%, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.
O número equivale a quatro acidentes por dia. A tendência é de alta em comparação a 2024, quando foram registrados 1.390 acidentes no setor, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
A gravidade do tema ganhou destaque em maio, quando três profissionais morreram após a queda de um elevador de obra em um condomínio residencial na Zona Oeste da capital paulista.
Maioria das quedas ocorre na construção civil
Quedas são caracterizadas quando um trabalhador despenca de um nível superior para outro inferior. Dentre todos os casos desse tipo registrados no país, 65% ocorrem no setor da construção civil.
Trata-se de um tipo de acidente considerado grave: apenas 26% dos trabalhadores sobrevivem após quedas em atividades laborais. Mesmo entre os sobreviventes, muitos acabam com sequelas permanentes.
Em geral, as quedas acontecem entre 3 e 9 metros de altura. Quanto maior a altura, maior costuma ser a gravidade do acidente e menores são as chances de sobrevivência.
Falta de EPI é a principal causa das quedas
Os dados sobre acidentes de trabalho também revelam que 80% das quedas ocorrem devido à ausência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados para trabalho em altura. Os 20% restantes são atribuídos a falhas ou uso inadequado desses equipamentos.
Por se tratar de uma atividade de alto risco, o uso correto de EPIs é considerado essencial. Alguns são obrigatórios por norma regulamentadora e devem ser escolhidos conforme o tipo de trabalho executado. Entre os principais, estão:
• Cinto de Segurança Corporal (EPI)
• Cinto tipo Cadeirinha (EPI)
• Talabarte com Absorvedor de Energia
• Conectores de Segurança
• Dispositivo Trava-queda
• Trava-queda Retrátil
• Ponto de Ancoragem
• Cordas de Segurança
• Polia de Desvio
• Escada de Acesso
De acordo com os dados, muitos acidentes poderiam ser evitados se esses itens fossem utilizados corretamente. Em alguns casos, a negligência parte das empresas; em outros, dos próprios trabalhadores.
Por isso, garantir que os EPIs estejam em bom estado e sejam utilizados de forma adequada é fundamental para atividades realizadas em altura.
