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Do Zero ao Sucesso Quarta-feira, 20 de Agosto de 2025, 11:56 - A | A

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Coluna Do Zero ao Sucesso

IA identifica idade biológica e pode impulsionar tratamentos contra o câncer

Por Alan Santana

Da coluna Do Zero ao Sucesso
Artigo de responsabilidade do autor

Ferramenta analisa selfies para apoiar decisões médicas e personalizar terapias

Reprodução/Freepik

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Os avanços tecnológicos vêm aumentando a eficiência no tratamento de doenças em todo o mundo. Agora, um algoritmo de inteligência artificial (IA) promete estimar a idade biológica de uma pessoa a partir de uma simples selfie, abrindo novas possibilidades para a medicina personalizada.

O sistema, chamado FaceAge, foi testado em seis mil pacientes com câncer na Europa e nos Estados Unidos. Os resultados mostraram que, nesse grupo, a idade biológica estimada é, em média, cinco vezes maior do que a de pessoas saudáveis.

Essa capacidade pode transformar a forma como médicos definem estratégias terapêuticas, adaptando tratamentos de acordo com o perfil individual de cada paciente.

FaceAge pode transformar a medicina

Segundo informações do portal da Conclínica, especializada em sistemas de gestão, a tecnologia é treinada com dezenas de milhares de imagens. Além disso, dados clínicos indicam uma eficiência inicial de 81%, o que traz otimismo para um uso mais amplo.

Pesquisas apontam que uma idade biológica mais elevada está associada a menores taxas de sobrevivência entre pacientes oncológicos. Esse dado reforça o valor do FaceAge como ferramenta de apoio às decisões médicas e ao acompanhamento da evolução da doença.

O algoritmo identifica detalhes faciais que vão além de sinais visíveis de envelhecimento, como cabelos brancos ou calvície. Dessa forma, essa sensibilidade permite prever a progressão do câncer e até estimar a expectativa de vida em casos terminais, contribuindo para protocolos clínicos mais eficazes.

Potencial e desafios éticos

Apesar dos avanços, a tecnologia levanta questionamentos. Pesquisadores investigam possíveis vieses raciais e interferências de fatores externos, como maquiagem e cirurgias plásticas, que podem comprometer a precisão. Há também preocupação quanto ao uso indevido por seguradoras ou empregadores.

Por isso, os desenvolvedores planejam lançar um portal para que o público possa testar o FaceAge e colaborar com novas pesquisas. Versões comerciais voltadas para uso médico estão previstas, mas especialistas alertam que o uso fora do contexto clínico pode gerar interpretações equivocadas ou ansiedade.

Avanços tecnológicos no atendimento médico

No Brasil, as doenças crônicas afetam quase 50 milhões de pessoas, segundo o IBGE, incluindo casos de câncer, hipertensão, diabetes e outras condições.

Diante desse cenário, tecnologias como o FaceAge podem se tornar aliadas para melhorar a qualidade de vida. Atualmente, 17% dos médicos no país já utilizam recursos de inteligência artificial na prática clínica.

A digitalização das clínicas também avança: 73% já adotam softwares de gestão, próprios ou terceirizados, que oferecem prontuário eletrônico, prescrição digital, agenda online e outros recursos, de acordo com levantamento da Doctoralia.

Especialistas destacam que a integração tecnológica é um caminho inevitável para ampliar a precisão de diagnósticos e otimizar tratamentos, reforçando a importância de médicos e instituições acompanharem essa evolução.

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