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Coluna Bem-Estar

Doença de pele em cães: quais são as principais?

Por Thais Hott

Da coluna Bem-Estar
Artigo de responsabilidade do autor

Coceira, vermelhidão e queda de pelos são os principais indícios por trás dos problemas de pele em cães

iStock / Supitnan Pimpisarn

ColunaBem-Estar

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Cuidar de um pet exige, além de amor, atenção ao estado de saúde e às necessidades do animal. Cães são propensos a desenvolver algumas doenças de pele – algumas raças mais que outras –, e, quando não são tratadas a tempo, podem causar muito incômodo e até mesmo a morte do animal.
Coceira, queda de pelo, vermelhidão, mau cheiro e feridas são motivos válidos para uma visita ao veterinário. A maioria dos casos é tratável, mas é preciso estar atento à origem da doença (parasitária, infecciosa, fúngica, alérgica, etc.), para que o diagnóstico e o tratamento sejam eficientes.

Fungos

Infecções fúngicas, as famosas micoses, são causadas por esporos de fungos microscópicos que se alojam nos pelos, na pele e nas unhas do cão. Normalmente, essas infecções ocorrem devido a baixa imunidade do pet ou higiene ineficaz, como dobras de pele mal lavadas ou deixar o cão molhado por muito tempo.

Os principais sintomas de infecções fúngicas são queda dos pelos, vermelhidão na pele, descamação e lesões circulares na pele. O tratamento deve ser prescrito por um veterinário, envolvendo medicamentos antifúngicos tópicos ou orais, além da desinfecção das regiões afetadas.

Problemas hormonais de pele

Alguns distúrbios hormonais, como hipotireoidismo e síndrome de Cushing, podem afetar a pele do cão e causar afinamento da pele e coloração acinzentada, além de outros sintomas como irritabilidade, ganho de peso, sede excessiva e atrofiamento muscular. Essas condições hormonais nos cães podem ser fatais, então o diagnóstico deve ser feito o mais rápido possível.

Já o tratamento é realizado para regular a atividade hormonal do pet e estabilizar sua condição, mas não há cura para esses distúrbios.

Sarna demodécica e sarcóptica

As sarnas são doenças de pele causadas pela atividade de ácaros presentes na pele e pelo ambiente em que o cão vive, se dividindo em dois tipos: demodécica e sarcóptica.

A sarna demodécica, também chamada de “sarna negra”, não é contagiosa e é transmitida entre mãe e filhotes. Seus principais sintomas são falhas no pelo, avermelhamento, crostas, pústulas e grande desconforto no animal.

Já a sarna sarcóptica é altamente contagiosa entre outros cães e humanos. Os sintomas são os mesmos, porém com maior intensidade de coceira. O tratamento para ambos os tipos de sarna envolve o uso de medicamentos antiparasitários, tanto tópicos quanto orais, e banhos com produtos antiácaros, em conjunto com controle ambiental para a eliminação de ácaros que podem causar a reinfecção do pet.

Dermatite alérgica

A dermatite alérgica é uma das doenças de pele mais comuns em cães e, geralmente, pode ter três origens distintas: alimentar (alergia a ingredientes da ração, tipos de proteína ou corantes), ambiental (mofo, pólen e poeira) e alérgica (picada de pulgas, também chamada de DAPP).

Os sintomas para os três tipos de dermatite alérgica são os mesmos: coceira constante, lambedura excessiva, vermelhidão e feridas, em geral ao redor de patas, orelhas e barriga, queda leve de pelos e irritabilidade.

O tratamento varia, a depender de cada origem. Para a alergia alimentar, o médico veterinário deve indicar dietas hipoalergênicas até os resultados dos testes de exclusão alimentar acusarem qual é o componente alérgico para o cão.

Já para a alergia ambiental são receitados remédios de uso oral, como anti-histamínicos e imunoterapia, além de controle rigoroso do ambiente, para eliminar os componentes alérgenos em contato com o cão

Por fim, a DAPP exige a eliminação completa das pulgas com o uso de remédios dedicados, como Bravecto 20 a 40 kg para cães de grande porte ou versões menores para cães de porte médio e pequeno, além do uso de coleiras antipulgas e do controle do ambiente.

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