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Bem-Estar Domingo, 14 de Dezembro de 2025, 14:45 - A | A

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Coluna Bem-Estar

Medicamentos para emagrecer: o que considerar antes do uso

Por Thais Hott

Da coluna Bem-Estar
Artigo de responsabilidade do autor

Entenda como condições pessoais, rotina e histórico de saúde orientam a recomendação médica e moldam o tratamento ideal

blackCAT/iStock

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Os medicamentos para emagrecer ganham cada vez mais espaço nos debates, seja pelos efeitos positivos na qualidade de vida dos usuários ou pela popularização desses tratamentos.

Hoje, o Atlas Mundial da Obesidade estima que cerca de 31% da população do país sofre com a obesidade. Esses dados mostram que o brasileiro tem cada vez mais dificuldade em manter o peso ideal, acarretando muitas outras complicações para a saúde.

No mesmo momento em que há essa alta no sobrepeso, dados do Google Trends mostram que as pessoas estão cada vez mais interessadas nos fármacos que emagrecem. Termos que envolvem essas fórmulas foram alguns dos mais pesquisados na plataforma em 2025, superando a busca pelas dietas convencionais.

Essa evolução e busca pelos medicamentos aponta que a população ainda possui muitas dúvidas referentes a esses tratamentos farmacológicos, como o funcionamento no corpo e até mesmo a quantidade que deve ser tomada.

Enquanto muitos acreditam que fatores simples, como altura e peso, influenciam diretamente para a dosagem individual, os especialistas apontam que outras questões precisam ser consideradas antes de escolher qual fórmula utilizar, além da quantidade necessária para alcançar o resultado desejado.

O que é preciso considerar antes de iniciar o tratamento

Existem diferentes tipos de medicamentos, como aqueles que atuam como inibidores de apetite, aumento da saciedade e até os que impedem o corpo de absorver a gordura dos alimentos. Independentemente do escolhido, sua eficácia depende de acompanhamento e metas realistas ao estado do paciente.

Além disso, a resposta do tratamento varia conforme fatores como hábitos, alimentação, rotina de sono e condições de saúde prévias. Por isso, antes de receitar o remédio e a posologia, os médicos avaliam uma série de critérios, como:

• comorbidades;
• histórico de ganho ou perda de peso;
• uso de outros medicamentos;
• predisposição aos efeitos colaterais;
• resultados de exames.

Todos esses pontos são fundamentais para seguir a melhor abordagem e garantir segurança e eficácia no tratamento contra o sobrepeso.

O que interfere na dose de remédio para emagrecer

Os medicamentos prescritos, de modo geral, passam por um extenso processo de testes e estudos avaliados pela Anvisa. Esse percurso pode levar décadas para ser concluído e tem como objetivo definir a dosagem adequada e identificar todos os cuidados necessários antes que o produto possa ser indicado aos pacientes.

De todo modo, os remédios devem ser receitados com base nas características individuais de cada pessoa. O sistema mais comum é o cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal), que utiliza o peso e a altura como base.

Apesar de ser uma métrica muito usada, principalmente em fármacos que não exigem receita, diversos outros fatores devem ser considerados, incluindo idade, sexo, metabolismo, resistência e sensibilidade aos componentes das fómulas, entre outras particularidades do paciente.

Em alguns casos, muitos profissionais optam por iniciar o tratamento para emagrecimento com quantidades menores, aumentando gradativamente. Essa escolha acontece principalmente por conta dos efeitos colaterais no corpo.

E é justamente por possuir fatores de cálculo tão complexos que é indispensável buscar orientação médica antes de iniciar qualquer tipo de tratamento. O especialista irá solicitar diversos exames antes de indicar o tipo e a dosagem correta do medicamento.

Essa busca profissional independe do motivo do emagrecimento. Seja ele por conta de comorbidades ou estética, é preciso ter o auxílio do profissional, até mesmo no uso de medicamentos amplamente utilizados, como o Ozempic 1mg, por exemplo.

Além disso, é importante destacar que os medicamentos para emagrecer são utilizados como parte de um todo, ou seja, é preciso haver uma mudança no estilo de vida para que os resultados sejam alcançados.

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