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Cotidiano Sábado, 09 de Janeiro de 2010, 11:04 - A | A

Sábado, 09 de Janeiro de 2010, 11h:04 - A | A

Siufi defende Lei da Pornografia

Marcelo Eduardo - Capital News

O presidente da Câmara Municipal Paulo Siufi (PMDB) disse que votará contra o veto anunciado do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) à batizada Lei da Pornografia. Nelsinho anunciou no dia 7, após evento na Prefeitura, que o projeto “inibe alguns comércios sendo que no século XXI é normal ‘pra’ todos ver calcinha e cueca”.

Todavia, segundo Siufi – que conversou com a reportagem do Capital News na manhã deste sábado (9) –, o que ocorre é um mau entendimento sobre o tema proposto por ele e o colega Lídio Lopes (PP). “Eu não vou fazer campanha contra o veto do prefeito. Eu vou votar contra na Câmara. O voto é de cada parlamentar. Somos um grupo heterogêneo. Somos independentes. O prefeito tem a opinião dele e nós temos a nossa. E dentro da Câmara, cada um tem a sua. Em nenhum momento, a proposta foi radical. O que houve foi o um mau entendimento.”

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Paulo Siufi (PMDB), um dos autores do projeto de lei, diz que "o prefeito tem sua opinião", mas "cada vereador é independente"
Foto: Deurico/Capital News

Para Siufi, o que se quer mostrar com o projeto é “privilegiar os bons costumes”. “Não quer dizer que se está condenando o proprietário que trabalha com esse tipo de produto. Ao contrário, não há restrição quanto à venda. Até porque quem vai nesse tipo de estabelecimento, vai sabendo o que vai encontrar, não precisa ver o que está na vitrine.”

O vereador afirma que não é contra a propagando dos produtos. “Existem algumas que são muito bem feitas. Por exemplo, no ano passado teve uma muito boa que não era apelativa, com desenhos, símbolos. Mas, nada apelativo.”

“As lojas de vestuário vendem calcinha, sutiã e cueca. Sempre venderam e estão à mostra. São roupas. Agora, na banca de revistas, a criança para com o pai no carro ou andando e fica vendo aquilo exposto”, complementa.

No dia da fala de Nelsinho, o Capital News foi ao sex shop Afrodite, que fica na rua Padre João Crippa. Josi Braga, gerente da loja, disse que acredita ser difícil estabelecer um padrão do que seja vulgar. “E se for uma loja de departamento [com vendas de lingeries], as peças vão estar expostas para crianças verem, por exemplo. Vai fazer o quê? Colocar as peças em um local fechado? Não faz sentido. Existem pontos de vista diferentes sobre o que seja ofensivo.”

Siufi questionou também o batismo da lei. "Quem disse que esta é a lei da Calcinha, está enganado e não entendeu o projeto."

Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)

 

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