A Polícia Civil já tem dois suspeitos de autoria do incêndio que consumiu a recicladora de pneus Eco Pneus, no bairro Jardim Tarumã. Eles são sogro e genro e moram na vizinhança da fábrica, segundo o delegado do 6º Departamento Policial Roberval Maurício Cardoso Rodrigues, responsável pelas investigações.
Todo trabalho policial está baseado no testemunho de uma moradora da região que teria presenciado o crime. Ela, conforme o delegado, disse que por volta das 4h de sexta, 1º, os dois homens foram ao local. Um deles teria forçado a cerca com uma enxada para que o outro a transpusesse.
Para o delegado, o fato de as investigações serem calcadas no depoimento de uma única testemunha não significa que seu resultado não seja sólido. “Os depoimentos dela têm riquezas de detalhes”, disse, durante entrevista coletiva, concedida há pouco no 6º DP, que fica no bairro Jardim Tijuca, sudoeste da Capital.
Delegado Roberval Rodrigues diz que depoimentos de testemunha "têm muita riqueza"
Foto: Deurico/Capital News
No momento do incêndio, segundo o delegado, era realizada uma festa na casa de parentes dos suspeitos. “Mesmo que eles tenham feito isso sob efeito de álcool, não diminuirá a pena deles [que pode variar de 3 anos a 6 anos de detenção se condenados, pelo crime de incêndio]”, explica Roberval Rodrigues.
Ainda não existiria um motivo levantado pela Polícia. Alguns moradores chegaram a dizer que seria em represália a ocorrências de dengue na região – que inclusive teria ocasionado a morte de um adolescente há alguns meses. O bairro está entre as regiões já citadas pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) como parte da região onde existia focos da dengue. Os pneus acumulariam água, segundo moradores.
“Mas, mesmo se este for o motivo, não diminuiria a pena também. Não serve de justificativa”, reafirma o delegado.
Não se sabe ainda se o alarme teria disparado no momento em que os dois teriam invadido. O material usado para desencadear o fogo seria gasolina.
A perícia técnica definitiva deve ficar pronta em dez dias.
Fumaça tóxica ameaça moradores; bombeiros atuam na área até agora
Foto: Deurico/Capital News
Caso
O fogo começou por volta das 4h de sexta-feira, 1º de janeiro. Sete viaturas do Corpo de Bombeiros precisaram se deslocar ao local para conter o incêndio. Ao menos 150 mil litros d’água foram usados.
De acordo com Luiz Pedroso, dono do estabelecimento, existe sim chances de que tenha sido praticado um crime. “Tem cerca elétrica e o local é todo murado, mas não sei se foram fogos de artifício ou se alguém ateou fogo. Pode ser que alguém possa ter ateado fogo”, disse à TV Morena.
A empresa prestaria serviços para clientes do interior paulista que enviaram os pneus, que seriam triturados para utilização em asfalto ecológico.
Crime ambiental
Outra parte das investigações estão voltadas para o crime ambiental, onde a autora seria a empresa.
Na semana passada, a PMA (Polícia Militar Ambiental) já havia multado a Eco Pneus em R$ 25 mil. Agora, Decat (Delegacia Especializada de Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista) investiga o caso.
Por conta da fumaça, Defesa Civil pede que moradores deixem suas casas temporariamente; em vermelho, área considerada de risco de intoxicação
Foto: Google Maps
Por: Marcelo Eduardo e Jefferson Gonçalves – (www.capitalnews.com.br)
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Ricardo Manuel 05/01/2010
Olha que noticias bem detalhada parabens a vocês, humilhou os outros sites que eu tinha olhado, ainda não conhecia o site, e vi o carro passando aqui perto de casa, sucesso em 2010.
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