Completando quase dois anos, o caso Dudu ainda continua muito longe de uma solução. Nesta manhã, Eliana Aparecida Martins, a mãe do menino Luís Eduardo Gonçalves, desaparecido no dia 22 de dezembro de 2007, compareceu esta manhã na Câmara Municipal de Campo Grande para pedir uma solução imediata no caso de seu filho. De acordo com Eliana, os resultados da ossada encontrada em março deste ano, ainda não foram entregues para ela. “Quando encontraram a ossada, uma parte foi enviada para a análise em Campo Grande e outra para fora, não sei se foi para o Rio de Janeiro ou São Paulo. Os resultados daqui de Campo Grande não foram suficientes por que os ossos estavam muito danificados, só restaram os resultados de fora” disse Eliana.
De acordo com Eliana, a polícia civil também não têm dado nenhuma notícia quanto ao caso. “Isso acabou com nossa vida. Tínhamos um negócio de salgados e não temos mais cabeça para isso, estamos tentando nos recuperar. Quero os resultados para que o meu filho tenha um enterro digno, com tudo resolvido” disse a mãe emocionada.
Pela manhã, o vereador Alcides Bernal (PP) recebeu a mãe de Dudu, onde foi entregue uma carta para que a situação seja analisada. “Estamos numa situação difícil, moramos numa casa alugada. Gostaria que o secretário analisasse a nossa situação, tenho medo de sermos despejados, já que não estamos trabalhando” lamenta a mãe.
Eliana mora hoje com seus dois filhos de 15 e 17 anos há 6 meses na Vila Piratininga. “Saí do Jardim das Hortências por que não agüentava mais aquele lugar depois que perdi o meu filho” disse Eliana.
Crime
De acordo com a Polícia Civil, Dudu foi espancado até a morte, esquartejado e queimado. A última vez que foi visto com vida foi no dia 22 de dezembro de 2007.
A pista que levou à solução do “caso Dudu” foi a apreensão dos adolescentes que teria tentado promover um assalto. Eles teriam dado todas as informações sobre suas participações na morte do menino. Um fragmento de osso humano foi encontrado em um terreno baldio na saída para São Paulo. Pericia mostrou que é compatível com o de um ser humano da idade de Dudu.
Por Jefferson Gonçalves e Nadia Nadalon - Capital News
