A greve do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário (Sintracon) prossegue desde o dia 23 de abril, e completa hoje (30) uma semana de paralisação. O movimento iniciou com 10 mil trabalhadores, só em Campo Grande, e agora já conta com cerca de 16 mil, 400 obras paradas e seis (de sete) fábricas de concreto paralisadas, na capital.
“A adesão foi maior do que esperávamos. Está nascendo um novo movimento no Estado, antes não tínhamos esse costume. Agora temos muito mais gás para reivindicar os nossos direitos. Até hoje não temos vale alimentação, por exemplo”, afirmou o presidente do Sintracon José Abelha Neto.
Os trabalhadores pedem 30% de reajuste para os pisos salariais e 15% para quem ganha acima do piso. Além de melhorias nas condições de trabalho, como vale alimentação e fornecimento de equipamentos de segurança. Atualmente o piso salarial de um oficial de obras é mil reais e um servente, R$735,00.
Devido às baixas ofertas de reajustes da classe patronal, o Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon/MS), os trabalhadores fizeram uma contrapartida e abaixaram o pedido para 15% de reajuste para o piso salarial e 10 % para quem ganha acima o piso. Porém, o Sinduscon não aceitou e ofereceu apenas 7% e sem benefícios. A última negociação ocorreu nesta segunda-feira (28), sendo esta a terceira tentativa.
Nesta quarta-feira haverá mais uma reunião entre as classes, para enfim, entrarem em um acordo. Ano passado, a greve da construção civil durou oito dias e os trabalhadores conseguiram 12% de reajuste salarial.
