Apesar da presidenta Dilma Rousseff ter assinado ontem (28) a Medida Provisória que determina a redução do percentual mínimo de mistura de álcool anidro na gasolina, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de MS (Sinpetro) diz que a medida vai suprir o mercado mas não diminuir o valor do combustível.
Atualmente o percentual de álcool adicionado na gasolina varia entre 20% e 25%, agora, poderá variar de 18% a 25%.
Para Marcos Alceu Vilallba, diretor de comunicação do Sinpetro, os consumidores viraram reféns da situação. “Ficamos reféns de uma situação, principalmente os donos de posto. Acabamos sendo condenados de maneira injusta”, comenta Vilallba.
O diretor acredita ainda que a medida não vai diminuir o valor do combustível, pelo contrário, pode até aumentar. “O álcool é um componente da gasolina. Para fazer a gasolina se usa 25 % de álcool. Acredito que o litro do combustível possa ficar mais caro”.
Além da porcentagem do álcool na composição da gasolina, a MP também muda a classificação do etanol de produto agrícola para combustível. Com a mudança, a comercialização, estocagem, importação e exportação do etanol estarão sob controle da Agência Nacional do Petróleo (ANP), e não mais do Ministério da Agricultura.
As duas medidas aumentam a capacidade do governo de regular o setor e são tentativas de reduzir a pressão inflacionária do álcool combustível, provocada pelo aumento dos preços do produto na entressafra da cana-de-açúcar.
Por Valquíria Oriqui - Capital News (www.capitalnews.com.br)
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