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Saúde Terça-feira, 10 de Fevereiro de 2009, 12:23 - A | A

Terça-feira, 10 de Fevereiro de 2009, 12h:23 - A | A

CCZ inicia 4ª etapa do encoleiramento de 129 mil cães

Da Redação

A população canina de Campo Grande já está recebendo a troca da coleira deltramina 4% que previne a doença e também repele pulgas e carrapatos. O trabalho de encoleiramento é realizado gratuitamente pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura Municipal de Campo Grande, que iniciou ontem (segunda-feira), dia 10 de fevereiro, a 4ª etapa do encoleiramento dos cães na cidade.

Segundo a diretora do CCZ, dra. Júlia Maksoud Brazuna, a meta estipulada para o encoleiramento é de 110 mil cães, sendo que a população canina estimada em 2006 na cidade é de 129 mil animais. “A medida visa evitar a contaminação de animais saudáveis com o protozoário causador da leishmaniose, transmitido através da picada do mosquito flebótomo, também conhecido como palha, evitando assim a contaminação de pessoas”, explicou a médica veterinária.

Como é feito

Nesta etapa, o trabalho teve início nas regiões Norte (Segredo e Prosa) e Oeste (Imbirussu) da cidade e tem duração prevista de 45 dias corridos para percorrer toda cidade. Portando identificação do CCZ, os agentes de controle de epidmiologia visitam as residências em duplas realizando o cadastro e o encoleiramento dos cães. O supervisor-geral da região do Imbirussu, o agente de controle de epidemiologia, José Ricardo Campos pede que as pessoas colaborem no trabalho dos agentes.

Em ação, os agentes explicam a finalidade do trabalho e como funciona a coleira, que deve ser trocada a cada seis meses, aproximadamente. Por dia, os agentes de controle de epidemiologia do CCZ estão encoleirando uma média de 70 animais. Somente na região Oeste, trabalham cinco equipes com 50 agentes e previsão de término em 15 dias.

Etapas de encoleiramento

Conforme as informações da médica veterinária do CCZ, Iara Helena Domingos, a 1ª etapa do encoleiramento foi realizada entre julho e agosto de 2007, na qual foram encoleirados 90 mil cães. Realizada entre janeiro e fevereiro de 2008, a 2ª etapa atingiu 121 mil cães. E a 3ª etapa feita nos meses de julho e agosto de 2008 foram encoleirados 110 mil cães.

A doença

A leishmaniose canina não tem tratamento. Segundo Júlia Maksoud, os animais positivos, mesmo em tratamento, podem promover a distribuição do protozoário, contaminando outros animais. A diretora do CCZ alerta que portaria do Ministério da Saúde indica a proibição do tratamento da leishmaniose visceral canina. Em seu artigo 1º, a Portaria Interministerial nº 1.426, de 11 de julho de 2008, proíbe, em todo o território nacional, o tratamento da leishmaniose visceral em cães infectados ou doentes, com produtos de uso humano ou produtos não-registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O profissional veterinário que descumprir o artigo 1º da Portaria Interministerial nº 1.426, de 2008, está sujeito a sofrer as penalidades previstas no artigo 5º dessa mesma portaria que prevê a aplicação do Código de Ética e Código Penal (artigo 268). (Com assessoria)
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