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Rural Segunda-feira, 07 de Julho de 2008, 15:47 - A | A

Segunda-feira, 07 de Julho de 2008, 15h:47 - A | A

Venda de tratores será 40% maior em 2008

Da Redação - (DA)

Impulsionada pela crescente demanda por alimentos e pelos bons preços das commodities no mercado internacional, a indústria de máquinas agrícolas deverá fechar 2008 com um índice de crescimento de 40%.

Mesmo ficando inferior ao do primeiro semestre, quando as vendas aumentaram 52,4%, os incentivos do governo federal para a aquisição de novos equipamentos na agricultura familiar deverão sustentar boa parte das vendas até o fim do ano. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), no primeiro semestre foram vendidas 25.394 unidades. A estimativa da associação é que no total sejam vendidas 53,1 mil máquinas no mercado doméstico, ante os 38,3 mil de 2007.

"As vendas de tratores devem começar a diminuir até o fim do ano. Elas são sazonais e vão de abril a outubro por causa da nova safra", disse Milton Rego, vice-presidente da Anfavea. Ele lembrou que os números estão em patamares elevados porque o setor amargou grandes perdas nos últimos dois anos, motivadas pela crise que abateu o agronegócio.

"A tendência é que a comparação com patamares mais elevados no próximo ano faça esses números diminuírem. Em 2009, os índices de crescimento das vendas no mercado doméstico devem ficar no mínimo pela metade do que foi registrado em 2008", explicou o representante da instituição.

Rego ressaltou que daqui para a frente, o programa Mais Alimentos será o único fator que incrementará as vendas de tratores até o fim do ano. A indústria acredita que os novos financiamentos à agricultura familiar comecem a impactar o setor entre setembro e outubro. Isso ocorre porque levam pelo menos dois meses para todos os elos da cadeia se adequarem ao programa.

Por esse motivo, no primeiro ano-safra (que vai de julho deste ano a junho de 2009), o setor espera vender 2 mil tratores a menos do que o previsto para a agricultura familiar. "Com certeza venderemos alguma coisa por causa do programa. Mas só em meados de 2009 estaremos em velocidade de cruzeiro", avaliou.

Os números da associação dos fabricantes também mostram crescimento na comparação entre os meses de junho, alta de 50,5%, de 3.381 para 5.088. Já a produção de máquinas em junho avançou 13,5%, saindo de 6.474 para 7.345. No semestre aumentou de 28.752 para 39.894, alta de 38,8%. No caso dos tratores e colheitadeiras, a expectativa é de que o ano feche com 46 mil unidades vendidas, alta de 38% em relação a 2007.

O executivo afirmou que a pressão dos custos, que crescem a cada ano, preocupa mais que uma possível falta de insumos. No entanto, disse que a política de reajuste de preços varia de acordo com cada empresa. "Se faltassem insumos, todas as empresas teriam problemas. No entanto, o que estamos vendo é uma crescente disputa por mercado entre as montadoras", ressaltou.

Ele revelou que enxerga positivamente o programa Mais Alimentos pelo fato de não ser destinado apenas à venda de equipamentos. "Não me lembro de um programa com tanta ênfase em extensão rural como esse. Para o produtor é fundamental a capacitação para aumentar a renda". Segundo analisou, esse fator torna o mercado de máquinas mais dinâmico. (Com informações Gazeta Mercantil)

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