Curso “Boas Práticas de Manejo e Bem-Estar de Peixes” promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul (Senar/MS) aborda a sustentabilidade ambiental, social e econômica no manejo de peixes. Dentre as atividades desenvolvidas, o bem-estar animal é a principal tendência em todos os segmentos pecuários.
De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), entre as técnicas discutidas estão o fornecimento de ração em proporções corretas, conforto térmico do tanque e a quantidade adequada de água. O especialista em sanidade e sustentabilidade na piscicultura, Leonardo Zamae Winckler, explica que quando os peixes comem toda a ração em cerca de 15 minutos e logo após ocorre uma movimentação na água é um indicativo que os animais estão ativos e estressados. “Os produtores que desejam entrar nesta atividade precisam ter em mente que a alimentação em quantidade adequada, por exemplo, influencia diretamente a produtividade, já que tem relação com o estresse animal. Sem os devidos cuidados, podem ocorrer problemas como perda de peso diário, diminuição da qualidade da carne, baixa no sistema imunológico e entrada de doenças”, ressaltou Winckler via assessoria Famasul.
O conforto térmico e a oxigenação da água estão relacionados à temperatura ideal dos tanques, conforme Winckler o ideal é que o termômetro esteja ajustado entre 25º e 32º e que seja mantido o nível de água no tanque. “Como os animais têm sangue frio, ou seja, a temperatura da água é a mesma do corpo do peixe, uma variação brusca pode afetar negativamente. Também é importante observar o oxigênio, que deve estar acima de 3,5 mg/litro, além do nível de acidez”, explica o especialista.