Começa na próxima segunda-feira a segunda etapa de vacinação contra febre aftosa em Mato Grosso do Sul e nas regiões de fronteira do Estado com o Paraguai e a Bolívia, na chamada zona de alta vigilância. A expectativa é de que sejam vacinados 21,7 milhões de cabeças, já que todo o rebanho receberá as doses.
A campanha no Estado terá datas diferentes de acordo com cada região. No Planalto, a segunda etapa vai até 20 de novembro. No Pantanal, será entre 1º de novembro e 15 de dezembro e na zona de alta vigilância, se realizará entre 20 de novembro e 20 de dezembro, para acompanhar o calendário de vacinação dos países vizinhos. O produtor terá 15 dias após a realização da imunização para declarar a vacinação do rebanho.
A mudança no calendário de vacinação em Mato Grosso do Sul gerou protestos dos pecuaristas, frigoríficos e leiloeiras do Estado, dono do segundo maior rebanho do País. Para eles, a Instrução Normativa 44, de outubro do ano passado, que alterou as datas da campanha e antecipou o prazo de vacinação, pode causar prejuízos na comercialização, já que a movimentação de animais fica proibida.
Considerando as diretrizes do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, o gargalo estaria na validade da vacinação contra a doença. Para que o trânsito de animais esteja liberado, a imunização tem o seu prazo de validade encerrado no primeiro dia do início de uma nova etapa de vacinação, independente da data da última vacinação ocorrida na propriedade. Com isso, os produtores consideram que o comércio de animais pode ser comprometido, principalmente nos primeiros dias das etapas.
Para a secretária Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, o Estado entende o problema e irá discutir com o Ministério da Agricultura a viabilidade de ajustes na Instrução Normativa 44 respeitando os aspectos técnicos desta normativa. (Fonte: Agência Estado)
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