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Rural Sexta-feira, 26 de Outubro de 2007, 15:43 - A | A

Sexta-feira, 26 de Outubro de 2007, 15h:43 - A | A

Mais uma planta surge como opção para biodiesel

Dourados Informa

Todas as indústrias do Estado ligadas à fabricação de biodiesel estão interessadas no crambe e já recebemos consultas de outros Estados e até da Petrobras", continua Pitol. "O crambe é ótima matéria-prima para biodiesel."

Conforme explica Pitol, o crambe melhorado pela Fundação MS tem 38% de óleo na semente - ante 18% a 20% da soja, outra planta promissora para fabricação de biodiesel em grande escala - e produtividade que varia de mil a 1.500 quilos por hectare, podendo chegar a 2 mil quilos por hectare em ótimas condições de fertilidade de solo. Além disso, ainda comparando o crambe com a soja, a Fundação MS apurou que 1 hectare de soja pronta para colher custa quase R$ 1 mil, enquanto a mesma área de crambe fica entre R$ 200 e R$ 300.

O crambe começou a ser estudado no País para cobertura de solo durante os períodos de clima muito severo em áreas de plantio direto. Após dez anos de pesquisa, porém, foi-se descobrindo suas outras propriedades, como excelente oleaginosa para biodiesel. Pitol esclarece que o crambe é uma cultura de inverno, solteira, pois não pode ser consorciada. "O plantio é recomendado nos meses de abril, maio e junho, conforme a quantidade de chuvas", continua. Após 90 dias, ele pode ser colhido, "portanto, é um vegetal bastante precoce", diz o agrônomo.

Assim, depois de colhidas as sementes do crambe, pode-se fazer o plantio direto sobre a palhada. "O crambe seca rápido", garante Pitol. Quanto ao investimento para plantio, ele diz que não é alto. "Um agricultor tradicional utilizará os mesmos equipamentos que usa para produzir soja, feijão e trigo, porque o crambe dispensa mecanização especial."

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