A Associação Centro Sul de Guzerá, que reúne criadores de São Paulo e Mato Grosso do Sul, organiza este ano sua maior participação na Expogrande. Serão trazidos para a feira 150 animais da raça, mais do que o dobro das 60 argolas ocupadas no ano passado.
Segundo o criador e organizador do leilão Guzerá no evento, Francisco Maia, a participação quer mostrar o clima de otimismo dos produtores, mesmo com o momento de crise econômica mundial. "Entendemos a presença em feiras como uma forma fundamental de gerar negócios. Campo Grande ainda é capital da pecuária na região e a Expogrande é muito forte. Até mesmo os produtores paulistas entendem que devemos participar com força no evento", enfatizou o pecuarista.
A entidade organiza o leilão Guzerá, que acontecerá no dia 26 de março, data da abertura da feira. No certame, serão ofertados 60 touros e animais de corte resultantes de cruzamento com reprodutores Guzerá.
Além da geração de negócios, a participação expressiva na Expogrande tem o objetivo de divulgar a raça e estimular o surgimento de novos criadores no Estado. Segundo Maia, o número ainda é reduzido, mas já há compradores de touros, demonstrando o aumento do interesse na raça.
Apesar de poucos criadores, a limitação não se estende à qualidade do rebanho. "Temos a melhor genética do País, originária dos grandes criatórios nacionais", enfatiza. Conforme o pecuarista, a genética é um fator que democratiza o setor, ao possibilitar que um pecuarista novato tenha, em pouco tempo, condições de oferecer um rebanho com tanta qualidade quanto um criador tradicional.
"Foi a facilidade oferecida com a transferência de embriões que tornou o nosso um dos melhore plantéis do País", assegura. E é na qualidade que os criadores buscam apoio para alavancar os negócios durante a Expogrande. "A feira vai sinalizar que os criadores vão enfrentar esse desafio com competência. Fizemos até out door propagando nossa participação no evento, para demonstrar nosso otimismo". (Com informações da Acrissul)