Na próxima semana o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes Freitas, deverá encaminhar aos ministros da Agricultura e Pecuária, Reinhold Stephanes, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, uma agenda contendo os pleitos do sistema cooperativista para reduzir os efeitos da crise financeira. Hoje representantes de organizações de todo o país avaliaram o quadro de falta de crédito à agropecuária, na sede da OCB.
Segundo Márcio Freitas em termos emergenciais será preciso manter os exportadores na atividade, garantir o giro dos cooperados, e depois a médio prazo promover a desoneração da produção com redução dos tributos e implementar políticas que garantam a renda dos produtores, além de ser feito o resgate da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).
O presidente da OCB disse que a crise não é só de crédito mas de falta de confiança dos agentes financeiros nos agricultores, que dificulta ainda mais a resolução das dificuldades. São impasses localizados de falta de liquidez, em função da escassez dos recursos. Conforme Freitas grandes empresas estão transferindo o ônus de carregar o capital de giro para os produtores, complicando ainda mais a situação.
Na avaliação dele cerca de 80% da safra já está feita mas os 20% que restam enfrentam grandes problemas, caso dos agricultores de Mato Grosso, Mato Grosso do sul e Goiás. O caminho mais perigoso que deverá ser adotado pelos produtores responsáveis pelos 20% restantes, é a redução do uso da tecnologia. (IG)