Quem for a Expogrande, além de arcar com o preço do ingresso, terá que desembolsar de R$ 5 a R$ 20 para estacionar seu veículo, carro ou moto, nas ruas ou em propriedades privadas. A reportagem do Capital News foi à maior feira de Mato Grosso do Sul na noite desta quarta-feira (17) e percebeu que a opinião do campo-grandense está dividida quando se trata de guardar o veículo com segurança.
Os guardadores de rua, aqueles que escolhem um determinado espaço para cuidar, e cobram dinheiro de quem estacionar os carros e motos não quiseram falar com a reportagem. A maioria usava o mesmo discurso: “Agora estou ocupado. Não posso”. Mas teve aqueles que simplesmente deram de costas, sinalizando a insatisfação com o assunto.
Já a operadora de caixa Vanessa Torres, que mora em uma rua transversal ao Parque de Exposições Laucídio Coelho, local onde é realizada a feira, faz da garagem de sua residência um estacionamento para motos. Ela cobra R$ 10 para cuidar dos veículos e diz que o preço foi combinado com a vizinhança.
“Em relação ao preço cobrado aqui na minha casa, foi feito um acordo com os vizinhos. Conversamos e tabelamos o preço. Moto R$ 10, carro R$ 20”, explica a moradora que revelou que consegue ganhar uma renda extra com o serviço a parte. Pela quantidade de motos na garagem de Vanessa, ela chega a receber uma quantia de R$ 200 a 300 por noite.
Sobre a posição dos guardadores que atuam nas ruas, Vanessa acredita que é “a pessoa está é certa” porque tem “vaga para todo mundo”. Ela contou que quem atua nas ruas cobra 50% do valor arrecadado nas casas e, na maioria das vezes, pessoas de outros bairros atuam em torno da Expogrande, cuidando veículos. “Não está fácil para ninguém. É uma forma de ganhar uma renda extra”, justifica.
Quem concorda com a opinião da mulher que cobra para cuidar motos é a vendedora Rose Aguilera, que foi à Expogrande acompanhada de amigos. Para ela, é um serviço de segurança que o cuidador presta, logo, ele deve cobrar por isso. “Tem mais é que cobrar. Eu vou pagar R$ 10 para deixar o carro na rua, mas só vou pagar na saída”, pondera. Ela negociou com o guardador e pediu mais “atenção” para seu veículo, prometendo dar a quantia combinado no término do show.
Porém, há pessoas que não concordam com os valores cobrados e com os serviços dos cuidadores. É o caso do estudante Guilherme Lemes. Ele foi à exposição, acompanhado da namorada e dos amigos, para uma noite de lazer. Mas teve que fazer um esforço para poder chegar a tempo. “Deixei o carro longe para vir a pé e não pagar. Eu acho um absurdo ter que pagar para deixar o carro na rua. Ela é pública e a gente já paga os impostos”, reclama o rapaz lembrando que “R$ 10 é muito caro para deixar o carro na rua”.
Outro que se usou da mesa tática para driblar os guardadores de ruas foi o militar José Marcos. Ele foi de moto à feira, mas teve que andar umas quadras para não arcar com o valor cobrado. “Acho pesado ficar pagando estacionamento caro”, argumenta.
Quem compartilha do mesmo pensamento é o instalador de som Iscley Silva Almeida, que, acompanhado da esposa, foi à feira prestigiar os shows. “Só vim porque ganhei o ingresso. Porque se você deixar o carro na rua e não pagar, podem mexer e roubar”, acredita.
O Capital News entrou em contato com a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e foi informado que os agentes do órgão são responsáveis por fiscalização do trânsito.
A reportagem também entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura para saber a forma de fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), que é responsável por vigiar a ação de ambulantes nas ruas, mas até o fechamento desta matéria, não foi informado sobre a atuação do órgão.
João zin 30/04/2014
Triste!
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