O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disse na sexta-feira(17) que o governo estuda a possível inclusão de colheitadeiras de pequeno porte no programa ''Mais Alimentos''. A linha de crédito do programa foi criada no ano passado e atende a pequenos agricultores com financiamento de até R$ 100 mil. A indústria e alguns segmentos agrícolas pediram a ampliação do programa para contemplar também colheitadeiras. Cassel explicou que o governo está avaliando com os fabricantes o perfil das máquinas e suas aplicações. Uma colheitadeira de pequeno porte custa cerca de R$ 230 mil.
O programa foi prorrogado por um ano e a intenção do governo é torná-lo permanente. O ministro observou que poderá haver alguns ajustes e lembrou que o Plano de Safra 2009/10 contempla aumento na renda bruta anual do produtor enquadrado no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Cassel fez a entrega ontem a agricultores de 35 tratores financiados pelo ''Mais Alimentos'', na fábrica da Massey Ferguson em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre.
No primeiro semestre deste ano, 43,6% dos tratores vendidos no Brasil utilizaram a linha do ''Mais Alimentos''. A região Sul representa 81% das vendas do programa. O diretor comercial da Massey Ferguson, Carlito Eckert, disse que 37% dos contratos financiados pelo programa foram de tratores da empresa.
O programa financia máquinas com até 75 cavalos de potência, o que representa 75% da demanda pelos equipamentos, comparou Eckert. A região Sul lidera os pedidos do programa porque tem expressiva agricultura familiar, presença da assistência técnica rural - que credencia o produtor - e dos bancos que repassam o recurso, explicou ele.
O coordenador do ''Mais Alimentos'', Francisco Hercílio da Costa Matos, disse que os fabricantes estão adaptados ao mínimo de 65% de componentes nacionais (em peso ou valor do produto). Desde o lançamento, em julho de 2008, foram comercializados 12.900 tratores, dos quais 10.571 já foram entregues. Os demais tiveram o financiamento liberado e as máquinas estão em produção, explicou Matos. (Fonte:Agência Estado)