O presidente da Acrissul, Chico Maia, se reuniu, a portas fechadas, na tarde desta terça-feira (14) no gabinete do prefeito Nelson Trad Filho para tentar resolver o impasse quanto à realização da Expogrande 2012. A reunião contou também com o governador André Puccinelli, o procurador do município, Ernesto Borges, a secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria e do Turismo (Seprotur), Teresa Cristina Corrêa Costa Dias, dentre outras autoridades.
A Imprensa acompanhava a reunião do lado de fora e o clima parecia tenso. Questionado sobre os ânimos quentes, e vozes alteradas, Chico Maia pondera: “Isso é normal quando se está em uma democracia e defende as ideias que se acredita”, explica.
Segundo o secretário da Semadur, Marcos Cristaldo, é preciso que se cumpram as exigências feitas no acordo judicial. Dentre elas, a questão do esgoto, a instalação de banheiros químicos, um caminhão limpa fossa e o principal problema: a parte acústica do local, que inclui instalação de tapumes e redirecionamento de som.
“Será feita uma simulação computadorizada para se analisar os decibéis emitidos pela potência dos equipamentos utilizados no show”, explica Cristaldo. A tecnologia, que é nova em Campo Grande, simula um ambiente real de apresentação para descobrir os impactos sonoros.
Na opinião de Chico Maia, já há um entendimento entre Acrissul e Semadur. “As questões ambientais estão quase todas resolvidas. Apresentamos os projetos que serão analisados pela prefeitura e vamos esperar dois dias para obtermos respostas”, ressalta.

Chico Maia aguarda, no mínimo, 48 horas para obter respostas sobre os projetos apresentados na Prefeitura
Foto: Deurico/Capital News
A função de André Puccinelli, conforme Maia, foi o de tentar apaziguar o problema. “Ele não é uma das partes envolvidas diretamente, mas demonstrou boa vontade e se colocou à disposição para equacionar a questão”, comenta.
Na saída da reunião Nelson Trad evitou falar sobre o assunto, e disse apenas que o encontro buscou uma tentativa para se cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). “A Acrissul está encaminhando as propostas para que as exigências sejam cumpridas”, afirmou.

Trad se limitou ao tocar no assunto e disse que o objetivo da reunião é cumprir o TAC
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Chico, por sua vez, salienta que foram gastos R$ 60 mil para a realização dos estudos no intuito de se fazer as adequações necessárias. “O valor gasto até o momento comprova que estamos dispostos a ajustar a conduta”, reforça.
“Não basta apenas à realização do evento, excluindo as apresentações musicais”, ressalta o presidente da Acrissul. “Sem show não há Expogrande, porque a festa é muito mais que uma feira de gado, e sim, uma forma de integrar produtor rural com o consumidor comum”, finaliza.

Como não estava envolvido diretamente, Governador evitou de falar com a Imprensa
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