Eles não se conhecem, mas tem muita coisa em comum. São homens, jovens, moram em Campo Grande, mas sabe qual é a maior semelhança entre os dois: São apaixonados pelas avós. Nós vamos contar a história de amor, amizade e respeito do Morzart e do Wilson pelas avós Lourdes e Floriza.
Nesta semana foi celebrado o dia dos avós, a data é anualmente lembrada no dia 26 de julho, dia de São Joaquim e Santa Ana, os avós de Jesus. No Brasil, a data é popularmente conhecida como Dia da Avó ou Dia da Vovó. A origem é portuguesa e tem como objetivo homenagear e agradecer toda a consideração e carinho dos avós com os seus netos.
"Minha mãe chegou a chamar a polícia"
Desde os oito anos de idade o chefe de cozinha Wilson Freitas Júnior ficava na casa da avó Lourdes Freitas Benites, na época os pais estavam separando e a local era o endereço das brincadeiras e contações de histórias. Ele lembra que já chegou a fugir da casa dos pais para ir para a casa da dona Lourdes “eu peguei uma bicicleta e fui para a casa dela sem avisar meus pais. Eles ficaram doidos, minha mãe chegou a chamar a polícia”, recorda.
Assim que os pais se separaram, o pai mudou de cidade e a mãe com problemas com o alcoolismo não tinha condições de cuidar do pequeno, em vez de ir embora com o pai o ele bateu o pé para morar com a avó, e lá ficou. Wilson fala que sempre a tratou como mãe e ela como filho. “lembro-me uma vez de me perder e chorar muito. Uma mulher me perguntou se eu sabia passar o endereço da minha casa eu só lembrava o da minha vó”, detalha.
"O meu amor por ela é infinito"
Hoje Wilson está com 34 anos e a avó 92 ele detalha que é uma relação de amor, respeito e muita amizade. Ela levanta cedo, faz o café, almoço e ele cuida de tudo pra ela “o meu amor por ela é infinito, eu sei que um dia vou perdê-la e tenho muito medo”, pontua.
Outro neto que coleciona histórias ao lado da avó é o Biólogo Mozart Sávio Pires Baptista, de 28 anos, o jovem escolheu a casa da dona Maria Floriza Gomes Baptista de 96 como morada. A história de ligação os dois é desde bebê, ele lembra que desde essa época o colo preferido era o da avó “eu chorava nos colos das pessoas e quando minha avó me pegava, eu não só parava de chorar como sorria”, recorda.
O biólogo conta que quando nasceu dona Floriza 70 anos e ele pensava que ela não viveria muito e que em breve poderia perdê-la, com medo fazia orações pedindo para que ela pudesse viver muito. “Senhor faça que a minha avó vive muito, que viva até cem anos, porque quando ela tiver essa idade eu vou ter 30 e ai vou saber lidar com a morte dela”, detalha.
Morando desde os 7 anos com a avó o jovem tem muitas histórias e guarda muitas lembranças com dona Floriza. No bairro onde moram, Otávio Pécora, os vizinhos os conhecem e acham bonita a relação de amor dos dois, “quando criança ela me levava para todo canto hoje sou eu quem faz isso, eu a vejo como amiga e não como neto, falamos de tudo”, finaliza.
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