Rodrigo Dinallo, 48 anos, viveu do espetáculo circense durante 15 anos da vida. Não, ele não trabalhava em um circo, mas seu antigo buffet tinha esse nome, Circus. Realizando sonhos em forma de festas de casamento, aniversários de 15 anos, bodas, celebrações da vida. Tudo parecia ir muito bem até que uma bomba chamada Covid-19 explodiu em todo o mundo. Com as pessoas enclausuradas em casa, o medo tomando conta das famílias, o terror sendo esparramado por notícias de mortes e hospitais lotados. Resumindo: Fim de festa!
O empresário passou por essa situação de forma literal e com isso, os rendimentos da família, as contas foram se acumulando. As festas, que já haviam sido pagas, precisavam ser ressarcidas. Rodrigo já tinha um plano B, só não sabia que precisaria correr com ele em tão pouco tempo e foi quando resolveu tomar posse daquela situação, em busca de uma alternativa que o ajudasse a manter a família e equilibrar as contas.
Ele já cursava sua segunda faculdade e, no último semestre do curso de educação física, resolveu colocar em prática a atividade. Começou ainda estagiando em academias, atendendo com supervisão um ou outro interessado e paralelamente a isso, foi investindo em um estúdio.
O local escolhido? Circus! O antigo buffet em formato de arte circense, foi tomando corpo e logo as paredes pintadas em listras vermelhas, foram ganhando ares de saúde, nutrição e atividades. O chão, outrora ocupado por tapetes luxuosos, ganhou a cobertura dos tatames. As paredes, foram cobertas por espelhos e no lugar dos utensílios e objetos decorativos, pesos, bolas, cordas, espaço para garrafinhas, guarda volumes nos corredores e banheiros além de uma iluminação muito mais clara.
Falando assim, parece ter sido um caminho suave e rápido, mas só quem gastou muita energia e suor para trocar de ramo e garantir o sucesso das atividades sabe o que foi passar por todo aquele sufoco.
De canudo na mão, as aulas começaram de verdade. “Tínhamos ainda as coisas bem improvisadas e aos poucos fui juntando tudo o que precisava. A turma era pequena, duas três pessoas, amigos que eu atendia e que iam indicando para um e para outro”, relatou Rodrigo.
“Eu acredito muito na providência divina, sei que mesmo quando a gente pensa que está sozinho, não estamos. Deus nos capacita e nos inspira mesmo nos momentos mais difíceis, basta acreditar”
Atualmente, o ISA (Instituto Semente Amarela), no bairro Santo Antônio, já teve de abrir as portas para receber mais alunos em turmas alternadas. “Eu acredito muito na providência divina, sei que mesmo quando a gente pensa que está sozinho, não estamos. Deus nos capacita e nos inspira mesmo nos momentos mais difíceis, basta acreditar”, contou.
Dessa forma, o empresário tem dado a volta por cima e não se arrepende da escolha. “Não podemos ficar parados, esperando cair do céu”, finalizou.
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