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Política Quarta-feira, 30 de Abril de 2008, 14:47 - A | A

Quarta-feira, 30 de Abril de 2008, 14h:47 - A | A

Sub-relatores de CPI suspeitam de tráfico de influência no uso de cartões

Agência Brasil (JG)

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos descobriu 452 estabelecimentos que receberam pagamentos com cartão corporativo e que têm como sócios servidores ou ex-servidores públicos comissionados. Além disso, esses lugares, ao mesmo tempo em que recebiam pagamentos com cartão, tinham contratos firmados como prestadores de serviço do governo federal.

Os sub-relatores de Fiscalização, deputado Índio da Costa (DEM-RJ), e de Sistematização, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), suspeitam de tráfico de influência.

"É proibido por lei você ser sócio de uma empresa, se você é servidor público, e essa empresa ser contratada pelo serviço público", explicou Índio da Costa.

Entre 2002 e 2008, essas empresas faturaram, segundo Índio da Costa, R$ 615,137 mil nos contratos de prestação de serviço e R$ 615 mil em compras no cartão corporativo.

"O que se conclui é que o número de empresas que prestam serviço ao governo, e que ao mesmo tempo têm um de seus sócios como funcionário comissionado, é bastante grande, o que poderia, em tese, indicar um favorecimento, e é esse favorecimento que se quer evitar", disse Carlos Sampaio.

A CPI constatou também que dez servidores ou ex-servidores comissionados do Executivo e do Judiciário são sócios de empresas e também portadores de cartão corporativo. Em um desses casos, o portador do cartão fez compras na própria empresa.

"Foi um gasto pequeno, mas mesmo assim [é proibido]", disse Índio da Costa.

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