Terça-feira, 08 de Abril de 2008, 10h:57 -
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Senado decide se abre nova CPI dos Cartões
G1
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB), se reúne em um almoço nesta terça-feira (8) com os líderes do partido da Casa para discutir a abertura de uma nova comissão parlamentar de inquérito (CPI) somente do Senado para investigar os cartões corporativos. As informações são da Agência Senado.
Uma comissão de deputados e senadores já investiga o caso. A oposição no Senado, porém, avalia que a CPI mista não tem funcionado.
A base governista derrubou requerimentos, como a convocação de Erenice Guerra, chefe de gabinete da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Erenice é acusada de ter dado a ordem para a montagem de um dossiê com informações sobre gastos do governo Fernando Henrique Cardoso.
O governo tem maioria na Câmara, mas no Senado, enfrenta maior oposição. Na semana passada, Garibaldi Alves havia dito que o requerimento de criação da nova CPI dos Cartões exclusiva do Senado seria lido nesta terça. Mas o presidente do Senado decidiu discutir o tema com os líderes antes.
Em entrevista à Agência Senado, Garibaldi deixou claro acreditar que duas CPIs possam causar "turbulência" no Congresso. "Uma CPI já cria turbulências, imagine duas tratando do mesmo assunto. Não tenho solução para esses conflitos. Vou fazer um apelo pela moderação, para que evitem troca de acusações, uso de linguagem chula. O uso desses termos não é bom para o Legislativo", disse.
Pauta
Na reunião com os líderes, Garibaldi deve tratar sobre a pauta de votações, que está trancada por uma medida provisória que concede crédito de R$ 1,6 bilhão para diversos órgãos do Executivo, além de dois projetos de lei de conversão que abordam data de pagamentos da Previdência.
Outro tema deve ser as medidas provisórias. O presidente do Senado afirmou à Agência Senado que discutirá com os líderes uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que muda o ritmo das medidas provisórias.
Investigação
A Polícia Federal (PF) abriu inquérito na segunda (7) para investigar o vazamento de informações usadas para montar o suposto dossiê. Segundo a assessoria de imprensa da PF, o inquérito foi aberto por determinação do diretor-geral em exercício da instituição, Romero Lucena.
A investigação, que correrá sob sigilo, será conduzida pela superintendência da PF no Distrito Federal (DF). O delegado que cuidará do caso será o chefe da Delegacia Regional Executiva, Sérgio Barboza Menezes.
A PF, no entanto, investigará somente o vazamento das informações e não a autoria do suposto dossiê.