Os líderes partidários da base governista e da oposição se reúnem hoje, às 10 horas em Brasília, com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), na busca de entendimento para a votação da reforma tributária. Os governistas insistem que a reforma deve ser votada neste ano, enquanto que a oposição quer adiar para o ano que vem a discussão e votação da proposta.
Segundo o vice-líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), a intenção dos partidos aliados ao governo é votar a reforma tributária ainda neste ano. Ele informou que na reunião de amanhã os aliados vão dialogar com a oposição na tentativa de chegar ao entendimento para a votação da matéria. Barros reconheceu que há divergências no texto que precisam ser superadas para que a reforma seja aprovada.
Ricardo Barros revelou que as divergências são com os partidos de oposição, com governadores do Norte, do Nordeste, de São Paulo e de Mato Grosso do Sul.
“O governo quer votar a reforma tributária neste ano e está direcionando sua base nesse sentido. Temos variáveis para votar a reforma tributária. Estamos trabalhando para conciliar a votação, mas também temos o problema de estar no final do ano e ter muitas outras matérias importantes para votar”, disse.
Para o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chianglia, a questão central das obstruções dos partidos de oposição nas votações da Câmara é a falta de um consenso em torno da votação da reforma tributária. Chianglia informou que espera recolher, na reunião de amanhã do Colégio de Líderes, o máximo de informações sobre o que será possível avançar nas votações neste ano.
Questionado se colocaria na pauta de votações desta semana a reforma tributária, Chinaglia respondeu: “reforma tributária essa semana, nem pensar”. o presidente da Câmara disse, também, que via dificuldade da votação ocorrer ainda este ano.
“Há divergências contra isso. Havendo obstrução leva muitas semanas para votar a reforma tributária. Temos vários elementos que demonstram isso. Então, se escolhermos esse caminho, seria começar essa votação agora, mas concluir (neste ano) é impossível”, disse. (Agência Brasil)