O pastor da Igreja Assembleia de Deus, Silas Malafaia, foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento na Polícia Federal nesta sexta-feira (16). A operação, denominada Timóteo, investiga a atuação de uma organização criminosa que atuava em esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral.
A operação é realizada em 11 estados e no Distrito Federal, cumprindo busca e apreensão em 52 endereços. A Polícia Federal apoiou que Silas teria recebido valores do principal escritório de advocacia responsável pelo esquema.
Os policiais suspeitam que o pastor Silas Malafaia tenha “emprestado” contas correntes de uma instituição religiosa de sua influência para esconder origem lícitas destes valores.
O pastor Silas Malafaia não estava em casa, mas informou por uma rede social que vai se apresentar. Ele afirmou que recebeu um cheque de R$ 100 mil de um amigo, que também é pastor. “Não sei e não conheço o que ele faz. Tanto é que o cheque foi depositado em conta. Por causa disso sou ladrão?”, indagou.
Silas disse ainda que recebe ofertas de inúmeras pessoas e declara todos os valores no imposto de renda. “Quer dizer que, se alguém for bandido e me der uma oferta, sem eu saber a origem, sou bandido?”, questionou.
O pastor ainda classificou a condução como uma tentativa de desmoralizar a imagem dele frente à opinião pública, questionando se não poderia ter sido chamado para depor. “Será que a Justiça não tem bom senso? Pra saber que eu recebi um cheque de uma pessoa e isso me torna participante de crime? Estou indignado”, reclamou.