A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou nesta terça-feira (30), o requerimento do senador de Mato Grosso do Sul, Pedro Chaves (PSC) para a realização de uma audiência pública no Congresso Nacional, para discutir a paralisação das obras de duplicação da BR 163.
Deurico Ramos/Capital News

Senador Pedro Chaves (PSC) afirma que é um absurdo o que a CCR está fazendo com os sul-mato-grossenses
O senador Pedro Chaves espera que a audiência pública no senado traga encaminhamentos para a solução do impasse “Espero que na audiência pública, para a qual convidaremos o ministro dos Transportes, sejam apresentados encaminhamentos para resolver rapidamente essa questão, e um desses encaminhamentos, sem dúvida alguma, é a suspensão imediata da cobrança do pedágio” argumentou o parlamentar.
Segundo o senador, a empresa não está cumprindo com o que foi determinado em contrato, “É um absurdo o que está acontecendo no meu estado. A CCR MS Via, que ganhou uma concorrência pública para realizar o serviço, de uma hora para outra, numa decisão unilateral, resolve paralisar as obras e continuar cobrando pedágio, em um flagrante desrespeito não só ao contrato de concessão assinado com o governo federal, mas a todo o povo sul-mato-grossense” afirmou.
O presidente da Comissão, senador Eduardo Braga (PMDB/AM), se comprometeu a encaminhar a denúncia de Pedro Chaves ao Tribunal de Contas da União, para que o TCU faça uma auditoria rigorosa no contrato e na obra. Também serão convocados para a audiência no Senado o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), membros da direção da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e representantes do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) , da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e da CCR MS Via.
A CCR MSVia assumiu a concessão da Rodovia em 2014 e iniciou na cobrança em 2015. Em contrapartida, se comprometeu a duplicar os cerca de 800 quilômetros da BR-163. Entretanto, paralisou a duplicação, no dia 12 de abril, alegando forte crise econômica e pedindo a revisão do contrato.