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Política Terça-feira, 21 de Agosto de 2018, 17:21 - A | A

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ELEIÇÕES 2018

Juiz Odilon perde direito à proteção da PF e diz que foi “jogado à boca dos leões”

Magistrado aposentado vivia com benefício desde 1998

Leonardo Barbosa
Capital News

Deurico/Capital News

Odilon descarta fazer “campanha de luxo” e só quer aliados que sejam “fichas limpas”

 Juiz Odilon de Oliveira (PDT) concorre às eleições para o Governo do Estado em 2018

Nesta terça-feira (21), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), através do conselheiro Marcio Schiefler, decidiu que o juiz aposentado Odilon de Oliveira (candidato ao Governo do Estado) não tem mais direito à escolta da Polícia Federal (PF). Porém, a proteção, hoje realizada 24 horas por dia, deve ser retirada gradualmente.

 

Odilon se aposentou em setembro de 2017 e foi registrado como candidato do PDT ao governo neste ano. Com o fim de sua carreira, o juiz solicitou ao CNJ, manutenção e ampliação da escolta que o acompanha diariamente.

 

Segundo informações da Agência Brasil, o conselheiro Marcio Schiefler julgou improcedente o pedido do juiz, com base em relatório encaminhado pelo atual diretor-geral da PF, Rogério Galloro que alega que os motivos para proteção permanente não estão mais presentes e, por isso, a escolta armada deve ser gradualmente descontinuada.

 

O conselheiro ressaltou que, ao se candidatar, o juiz tinha conhecimento de que poderia agravar os riscos a sua segurança, questionando ainda sobre uma possível vantagem de Odilon em relação aos demais candidatos, em caso de concessão do requerimento, o que é proibido pela lei eleitoral.

 

Jogado à Boca dos Leões

Tendo conhecimento da decisão do CNJ, o Juiz Odilon de Oliveira enviou uma nota através de sua assessoria de imprensa, onde diz que vai recorrer e lamenta tal decisão, após tendo servido para a proteção da sociedade. “O sujeito trabalha a vida inteira tentando proteger a sociedade, arriscando a vida, e, quando se aposenta, é jogado na boca dos leões”, comentou o candidato,

 

Confira a nota enviada pelo candidato na íntegra:

"Fiquei sabendo pela imprensa, que veiculou ser o motivo principal meu ingresso na política, como se tal fato fizesse desaparecer o risco de vingança. O que o CNJ deve considerar, com todo respeito, não é a nova atividade do protegido, mas se permanece ou não risco de vingança em razão do trabalho realizado na atividade. O processo que tramita no CNJ, de minha iniciativa, trata exclusivamente de manutenção da segurança na inatividade. Vou recorrer na esfera do CNJ e, ao mesmo tempo, ajuizar ação de obrigação de fazer contra a União, com pedido de liminar. O sujeito trabalha a vida inteira tentando proteger a sociedade, arriscando a vida, e, quando se aposenta, é jogado na boca dos leões.

 

Juiz Odilon de Oliveira

Candidato ao governo de Mato Grosso do Sul"

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